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Desembolso do BNDES cai 20% em nove meses

Indústria foi a que mais sofreu com a queda registrada de janeiro a setembro; foram desembolsados R$ 11 bi para o setor, redução de 49%

Por Denise Luna (Broadcast) e
Atualização:

RIO DE JANEIRO - Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram 20% de janeiro a setembro, para R$ 50 bilhões, apontando para mais um ano de desempenho abaixo dos R$ 100 bilhões como em 2016, quando desembolsou R$ 88,3 bilhões. Em 2013, o banco chegou a emprestar R$ 190 bilhões.

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A indústria foi responsável por grande parte da queda deste ano, com redução de 49% dos desembolsos realizados nos primeiros noves meses em relação ao ano passado, totalizando R$ 11 bilhões. As aprovações caíram 55%, foram R$ 9,5 bilhões.

As aprovações de novos empréstimos atingiram R$ 50,217 bilhões até setembro, recuo nominal de 12% ante 2016, equivalente a um recuo real de 14,9%. Foto: FABIO MOTTA/ESTADAO

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Os financiamentos ao setor de infraestrutura ficaram estáveis, comparados aos obtidos em 2016, com empréstimos da ordem de R$ 17,9 bilhões. Já o segmento comércio e serviços caiu 18% na carteira, para R$ 10,5 bilhões. Somente o agronegócio fechou o período em alta, de 9%, com financiamentos da ordem de R$ 10,3 bilhões.

Apesar da queda de desembolso, o banco diz que tem motivo para comemorar: as consultas – primeiro passo para se obter um financiamento do BNDES – caíram menos em setembro, segundo o superintendente de Desenvolvimento e Pesquisa do banco, Maurício Neves: “É possível reparar que (as consultas) tem uma estabilização na faixa de R$ 100 bilhões. A queda que vem ocorrendo ao longo do tempo parece que cessa nesse momento, e as consultas mostram isso. A gente espera que com a própria retomada da economia esse número não só se estabilize como aumente.”

Apesar de uma queda menor do que em meses anteriores, as consultas ao banco caíram 12% de janeiro a setembro, somando demanda para um financiamento total de R$ 74,9 bilhões. Nos últimos 12 meses, as consultas caíram 14%, e atingiram os R$ 100 bilhões a que Neves se refere.

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