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Endesa e Iberdrola decidem desinvestimento

As autoridades espanholas terão então dois meses para aprovar o plano, seguidos por mais um mês nos quais as companhias terão de apresentar os blocos de ativos a serem vendidos.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Endesa e a Iberdrola terão dez dias para apresentar um plano de desinvestimento em ativos e a venda destes ativos terá de ser feita pelo sistema de leilão. A informação é do ministro das Finanças, Rodrigo Rato. As autoridades espanholas terão então dois meses para aprovar o plano de desinvestimento, seguidos por mais um mês nos quais as companhias terão de apresentar os blocos de ativos a serem vendidos, e as autoridades terão então dois meses para aprovar a venda dos blocos. Rato acrescentou que o sistema de leilão pelo qual os ativos serão vendidos deve levar a pelo menos dois novos concorrentes no mercado de energia espanhola. Todo o processo deverá levar entre 10 e 14 meses, disse o ministro. Isso porque o governo espanhol aprovou, embora com condições, a fusão entre as duas companhias que atuam em setores que vão de energia a telecomunicações. "O governo impôs condições para que a fusão prossiga. Agora cabe às companhias decidirem dar prosseguimento ou não ao projeto", disse uma porta-voz do governo em Madri. Pelas condições do governo da Espanha, a nova empresa, Endesa Iberdrola, terá de manter a participação da Endesa no mercado de geração em 42% e reduzir a participação no mercado de distribuição em 48%. O market share em comercialização será limitado a 60%. A nova companhia terá também que reduzir suas participações na gigante de petróleo Repsol-YPF e em companhias de telecomunicações para atender às regulamentações sobre participações cruzadas. A fusão, sob condições, foi aprovada na reunião ministerial semanal. Logo após o anúncio, a CVM espanhola suspendeu as negociações com a Endesa e a Iberdrola. Até a suspensão, os papéis da Endesa estavam sendo negociados em queda de 2,6%, em 18,95 euros, enquanto os da Iberdrola caiam 1,5%, para 14,67 euros. A aprovação se segue às declarações do chairman da Endesa, Rodolfo Martin Villa, de que as companhias estavam planejando desistir da fusão se o governo espanhol impusesse condições muito drásticas. O anúncio da aprovação surpreendeu o mercado, uma vez que as autoridades tinham até 9 de fevereiro para divulgar sua decisão. Pela avaliação preliminar dos analistas, as condições da fusão deverão ser aprovadas pelas comissões executivas das duas empresas. A Endesa e a Iberdrola não se pronunciaram imediatamente. As informações são da agência Dow Jones.

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