
30 de julho de 2013 | 02h15
Boa parte desse endividamento se refere a despesas com prestações da casa própria. Se descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,44% da renda em maio, mesmo porcentual de abril.
O BC também divulgou dados sobre o comprometimento de renda dos brasileiros, que consideram valores mensais para renda e para prestações pagas aos bancos. As prestações correspondiam a 21,44% da renda mensal dos trabalhadores em maio, ante 21,47% em abril. Também houve queda em relação a maio de 2012, quando o comprometimento estava em 22,47% da renda. O recorde para esse indicador é de 22,98% em agosto de 2012.
No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o BC publicou análise sobre esses indicadores. Para a instituição, a elevação recente do endividamento e do comprometimento de renda ocorreu em contexto de melhora na qualidade da dívida bancária das famílias.
"O comprometimento de renda com juros e amortização aumentou de forma mais acentuada em 2011, em linha com o expressivo aumento do crédito imobiliário nesse período, ressaltando-se que as prestações mensais substituem, em parte, despesas com aluguéis", disse o BC no relatório.
Perfil melhor. A instituição destacou ainda o recuo nas taxas de juros, a migração para modalidades de menor risco e para prazos maiores, como crédito consignado e financiamento imobiliário, além do aumento da participação do crédito de melhor qualidade, avaliado como de risco normal, entre o fim de 2003 e abril de 2013.
O alto endividamento foi um dos fatores que afetaram o consumo das famílias no primeiro semestre deste ano, segundo analistas, frustrando as expectativas do governo de usar esses gastos como motor da economia.
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