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Endividamento em SP é o menor em cinco anos

Presidente da Fecomercio-SP diz que consumidores estão mais cautelosos na hora de assumir novas dívidas

Por Ana Luísa Westphalen e da Agência Estado
Atualização:

O total de famílias endividadas na cidade de São Paulo caiu de 45% em janeiro para 38% em fevereiro, o menor nível registrado nos últimos cinco anos, quando a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) começou a ser realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). De acordo com o presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman, os consumidores estão mais cautelosos na hora de assumir novas dívidas e até mesmo buscam quitar as existentes. Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise   Na avaliação de Szajman, esse comportamento é influenciado pelas incertezas em relação à magnitude dos impactos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira. Do total de famílias endividadas, 12% estão com contas em atraso. Na comparação com fevereiro de 2008, houve recuo de dez pontos porcentuais. Em relação ao cartão de crédito, 46% estão com a fatura pendente, enquanto os carnês em atraso comprometem 28%. Os outros débitos estão relacionados a crédito pessoal (8%); cheque especial (4%); cheque pré-datado (2%), e crédito consignado (2%). Renda De acordo com a pesquisa, entre consumidores que recebem mais de dez salários mínimos, o porcentual de endividamento é maior: alcança 48%. Na faixa de renda de quatro até dez salários, 32% estão endividados, enquanto entre as famílias que recebem até três mínimos, 28% têm algum tipo de dívida. Para 32% dos paulistanos entrevistados, a despesa que mais afetou o orçamento familiar e resultou nas dívidas atuais foi gasto com alimentos. Já 22% apontaram a compra de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, e outros 22%, despesas com vestuário. Neste mês, 35% dos pesquisados endividados tentaram renegociar a situação com os credores. A maioria (55%) relata ter encontrado taxa de juros elevada, enquanto para 27% faltou recurso financeiro. Outros 13% acharam o prazo de pagamento oferecido curto e em 3% dos casos o credor não admitiu renegociação. No levantamento, a federação ouviu 2.200 consumidores na capital paulista.

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