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Energia alternativa pode ajudar a economizar

Sistemas alternativos de geração de energia - como os geradores solares ou os movidos a combustível - não são recomendáveis para suprir toda a demanda de uma residência. No entanto, alguns sistemas podem ajudar a reduzir o consumo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Para reduzir o consumo de energia elétrica em tempos de racionamento, uma das saídas procuradas pelos consumidores é a utilização de energias alternativas. No entanto, deve-se pesar o custo-benefício, antes de adotar qualquer uma das formas existentes no mercado. De acordo com o professor Edmilson Santos, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), atualmente não existe nada capaz de substituir completamente a energia elétrica a um custo acessível, e a maioria das medidas adotadas passam pela racionalização do uso. Segundo ele, alguns equipamentos podem ajudar a reduzir o consumo. Entre as alternativas para superar o problema estão os sistemas que utilizam a energia solar, captada através de placas de silício. O tipo mais comum deste equipamento são os chamados térmicos, que aquecem a água armazenada em um reservatório. Com sua utilização, reduz-se o consumo com o chuveiro elétrico, propiciando uma economia de até 30% na conta de energia. Nas estações mais frias do ano, porém, a energia solar captada por eles pode cair pela metade. Por isso, o equipamento trabalha com um sistema elétrico integrado, para completar o aquecimento da água. No mercado, o preço do produto pode variar entre R$ 1.000 e R$ 3 mil, dependendo da capacidade de litros de seu reservatório e do local de instalação. Aquecedores a gás Os aquecedores a gás (botijão ou de rua) também são uma alternativa para evitar o alto consumo de energia provocado pela utilização do chuveiro elétrico. O custo do produto varia entre R$ 600 e R$ 3.000, sem contar o valor gasto na instalação, que vai depender do tipo de imóvel onde o equipamento será instalado. Para cada caso será necessário um projeto específico. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa & Construção, a empresa vendia cerca de 500 aquecedores a gás por mês antes do anúncio do racionamento de energia. Um balanço feito pela companhia em maio mostrou que o número de aparelhos vendidos saltou para 7 mil. Captadores fotovoltaicos Outro equipamento que utiliza a energia solar é o "fotovoltaico". Este, no entanto, transforma a energia solar em elétrica, que é armazenada em uma bateria de 12 Volts. Após isso, por meio de um outro equipamento, chamado "inversor", a energia elétrica é transformada para a corrente alternada (110V/220V), para que possa ser utilizada nos equipamentos domésticos. Segundo Luiz Carlos Berto, proprietário da Solar Brasil, empresa que comercializa o equipamento, o sistema é indicado apenas para uma "situação emergencial". Ou seja, caso haja um corte no fornecimento de energia elétrica durante um período do dia, ele manteria alguns equipamentos de baixo consumo funcionando, como lâmpadas e TV, por exemplo. O preço do sistema no mercado pode variar entre R$ 4 mil e R$ 6 mil. Apesar de teoricamente ser possível manter o suprimento de energia de uma casa por meio dos painéis fotovoltaicos, sua implementação torna-se inviável devido ao alto custo. Segundo empresas que atuam no ramo, para isso o consumidor gastaria entre R$ 80 mil e R$ 120 mil para equipar totalmente uma residência com consumo de energia entre 200 Kwh e 500 Kwh. Geradores de energia A utilização dos geradores de energia também é recomendável apenas como forma de suprir uma falta momentânea de energia elétrica. Mais uma vez, o problema é o alto custo para manter o equipamento funcionando. Confira abaixo os custos com geradores portáteis movidos a gasolina e geradores de maior porte movidos a óleo diesel. Os dados foram levantados junto às empresas Coleman e Stemac Grupo Geradores. Os movidos a gasolina, por exemplo, cuja potência pode variar de 1.850W a 10.000W, custam entre R$ 1.500 e R$ 12.000, respectivamente. O primeiro, com menor potência, seria suficiente para fornecer energia para equipamentos de pequeno consumo. Sua autonomia é de aproximadamente cinco horas, com 4 litros de gasolina. Se considerarmos R$1,60 o preço do litro de gasolina, o gasto seria de R$ 6,40 por tanque (5 horas), ou R$ 1,28 por hora. O segundo, capaz de manter todos os equipamentos de uma residência ligados, tem uma autonomia de 7 horas, para um tanque de 30 litros. No valor estipulado acima, o gasto seria de R$ 6,86 por hora. Há também os geradores movidos a diesel. O menor grupo de geradores desse tipo têm uma potência de 80 kVA, medida utilizada pela indústria. São equipamentos dimensionados para gerar grande quantidade de carga e são indicados para locais de alto consumo, também em situações de emergência. O preço desse tipo de gerador está em torno de R$ 12 mil. Ao ser utilizado na potência máxima, seu consumo é de aproximadamente 4 litros de diesel por hora. Como o preço médio do combustível é de R$ 0,731 por litro, o gasto por hora seria de aproximadamente R$ 2,92. Para um condomínio, a potência média recomendada para os geradores deste tipo é de 80 kVA. Eles serviriam para manter a iluminação da área comum do edifício e o funcionamento dos elevadores. Seu custo é de aproximadamente R$ 25 mil. O equipamento tem um consumo médio de 17,8 litros de diesel por hora. Seguindo os mesmos parâmetros, o gasto por hora seria de cerca de R$ 13,00. Serviço: Coleman - (0xx11) 3817-4558 Stemac Grupo Geradores - (0xx51) 358-3800

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