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Energia deverá ter aumento de 37% ao longo de 5 anos

Esta é a meta do governo, para manter as tarifas em níveis realistas que remunerem os investidores e não onerem os consumidores

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador do Comitê de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico, Octávio Castello Branco, disse hoje que a sugestão do governo é de que até 2006 as tarifas de energia elétrica ao consumidor tenham um aumento real de 37%, passando de R$ 124,00 por megawatt/hora em 2001 para R$ 170,00 em 2006. Ele afirmou que esta elevação não é conseqüência de nenhuma medida que esteja sendo tomada pelo governo. "Isso já existe e aconteceria pela liberação do mercado e pela elevação do custo de expansão, pois está entrando energia de fontes mais caras no sistema", disse. Com as medidas adotadas pelo governo, no entanto, esse aumento ao consumidor cairá para 21,77%. "Não acredito que 21,7%, diluídos em cinco anos, sejam um choque tarifário", argumentou Castello Branco. Segundo ele, as medidas adotadas tiveram objetivo de manter as tarifas em níveis realistas que remunerem os investidores e que não onerem os consumidores. As medidas do governo para atenuar o impacto tarifário são a concessão de subsídios ao gás natural e a criação de um fundo com recursos do Tesouro provenientes dos dividendos da Eletrobrás, que serão usados para subsidiar parte de outras despesas como a energia de usinas térmicas emergenciais. A estimativa é de que o subsídio ao gás reduzirá em R$ 1,00 por megawatt a tarifa em 2002, R$ 8,00 em 2003, R$ 10,00 em 2004 e 2005 e R$ 11,00 em 2006. Os outros benefícios do fundo reduzirão a tarifas em R$ 2,00 em 2003, R$ 5,00 em 2004, R$ 6,00 em 2005 e R$ 8,00 em 2006. Com isso, a tarifa ao consumidor deverá cair de R$ 141,00 por MW/h em 2002; de R$ 172,00 para R$ 161,00 em 2003; de R$ 176,00 para R$ 161,00 em 2004; de R$ 166,00 para R$ 150,00 em 2005 e de R$ 170,00 para R$ 151,00 em 2006. No ano de 2002, o aumento nominal de tarifas em conseqüência da correção anual contratual e de medidas extraordinárias tomadas em função do racionamento deverá ficar em torno de 20%, segundo a GCE. Em termos reais, o aumento em relação ao ano passado está sendo projetado em 12,9%.

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