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Energias do Brasil: preço da Cesp não era atrativo

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O vice-presidente de Comercialização, Energias Renováveis e Novos Negócios da Energias do Brasil, Miguel Setas, confirmou que a incerteza com relação às concessões das usinas de Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos motivou a companhia a não apresentar as garantias financeiras para o leilão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), cancelado hoje pelo governo paulista. "São ativos de peso no parque gerador da companhia e representam 65% da capacidade. A dimensão desse risco não criava condições de apresentarmos proposta nesta fase", disse Setas. Segundo ele, a empresa mantém interesse na companhia paulista, mas só avaliará o projeto novamente caso a questão das concessões seja equacionada. Setas informou ainda que o preço mínimo estabelecido pelo governo de São Paulo não era atrativo. Ele não quis adiantar com qual valor a companhia trabalhava, mas disse que o preço das ações na Bolsa de Valores é um bom indicador. Ontem, os papéis terminaram o dia valendo R$ 38,79 cada. Nesta tarde, em forte queda após o cancelamento do leilão, valem R$ 30,75. Segundo o executivo, o fracasso do leilão da Cesp não atrapalha os planos de crescimento da companhia no Brasil. "Temos um plano de crescimento orgânico que independe disso", afirmou, referindo-se também a futuros leilões de ativos, como a da Gas Brasiliano e a usina de Jirau, que, segundo ele, serão avaliados no momento adequado. Setas disse ainda que a Energias do Brasil não chegou a avaliar a possibilidade de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra da Cesp. "Não é por questão de recursos que faríamos a operação", disse, ao participar do Fórum Canal Energia de Energias Renováveis, no Rio.

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