PUBLICIDADE

Engevix pode construir navios-plataforma

Por Kelly Lima
Atualização:

O consórcio Engevix/GVA apresentou o menor preço na concorrência para a construção dos oito cascos dos navios-plataforma que vão operar em Tupi. No total, a proposta da companhia prevê que os cascos sairiam por US$ 3,748 bilhões, ou US$ 468,5 milhões cada. Os resultados foram informados extraoficialmente por uma fonte que disputou a licitação e confirmados pela Engevix. A Petrobrás só deverá anunciar o vencedor após a aprovação da proposta em reunião de diretoria. Com capacidade para produzir 120 mil barris de petróleo cada, os navios-plataforma serão construídos no dique seco que a Petrobrás arrendou no município de Rio Grande (RS) e deverão começar a extrair óleo do pré-sal a partir de 2015. Segundo fontes próximas, a proposta da Engevix surpreendeu pelo fato de ser uma estreante no mercado e pela diferença com as ofertas concorrentes - o segundo melhor preço, do consórcio Atlântico Sul/ LMG, foi de US$ 4,287 bilhões. As propostas dos demais concorrentes oscilaram entre US$ 5,2 bilhões e US$ 5,7 bilhões. A exceção foi o consórcio Fels/Gusto, com o preço de US$ 7,22 bilhões, quase o dobro do primeiro colocado. Segundo o presidente da Engevix, Daniel Perez, o preço mais baixo foi possível por conta de uma tecnologia desenvolvida por sua parceira no projeto, a sueca GVA. "Consideramos que estes FPSOs não precisarão navegar como navios comuns e pudemos fazer um corte de excessos que propiciou o preço interessante", disse. Esta é a primeira licitação em série de unidades produtoras que a Petrobrás realiza e também a primeira de grande porte destinada ao pré-sal. A companhia também lançou na semana passada uma licitação para o design do sistema submarino de Iara e Guará, que deverão consumir recursos em torno de US$ 1 bilhão, segundo cálculos do mercado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.