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Enron recebe aprovação para sair da concordata

Por Agencia Estado
Atualização:

A Enron Corp. recebeu aprovação judicial para sair de um dos processos mais caros de concordata da história. O juiz Arthur González, de Nova York, assinou o plano da companhia para sair do processo, sem fazer ajustes significativos. A Enron entrou em concordata em dezembro de 2001, em meio a revelações de ocultamento de dívida, inflagem de lucros e irregularidades contábeis. Milhares de trabalhadores ficaram sem seus empregos e milhões de investidores viram suas ações perderem o valor. Dezenas de pessoas, incluindo o fundador e ex-chairman do grupo, Kenneth Lay, o ex-executivo-chefe Jeffrey Skilling e o ex-principal executivo de finanças Andrew Fastow, foram acusados de crimes na investigação ainda em andamento do Departamento de Justiça. Fastow é um dos dez ex-executivos que declararam-se culpados, enquanto Lay e Skilling estão entre os 20 que se disseram inocentes e vão passar por julgamento. O processo gerou mais de US$ 665 milhões em pagamentos para advogados, contadores, consultores e examinadores, de acordo com a promotoria geral do Texas. Plano de pagamento O plano de reorganização prevê o pagamento de US$ 12 bilhões dos cerca de US$ 63 bilhões que eram devidos à maior parte dos mais de 20 mil credores do grupo. Foram criadas três novas companhias com o que sobrou da Enron. Ainda falta vender duas delas, a CrossCountry Energy Corp. e a Portland General Electric. A terceira é a Prisma Energy International Inc. Se as vendas das duas primeiras forem concluídas no final deste ano, como esperado, os US$ 11 bilhões serão distribuídos para os credores, sendo 92% em dinheiro e 8% em ações da Prisma. Se uma ou as duas vendas não ocorrerem, os credores vão receber menos dinheiro e mais ações das companhias. O nome Enron vai desaparecer. As informações são da Dow Jones.

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