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Entenda como o BC intervém no mercado de câmbio

Em momentos de alta da moeda a autoridade monetária pode atuar de três formas para reduzir a pressão sobre a cotação

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O Banco Central intervém de três formas no câmbio: pode atuar com os contratos de "swaps cambiais", com os leilões de linha e com a venda direta de dólares do mercado. 

Dólar Foto: José Patrício/ Estadão

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Swap cambial 

Por meio dos contratos de swap cambial, o BC realiza uma operação que equivale a uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda. 

Os swaps são contratos para troca de riscos: o BC oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.

Esses contratos servem também para dar proteção (hedge) aos agentes que têm dívida em moeda estrangeira - nesse caso, quando o dólar sobe, eles recebem sua variação do BC.

Venda direta 

As vendas diretas de dólar são feitas no mercado à vista - ou seja, é dinheiro entrando no mercado. Os recursos saem das reservas internacionais brasileiras. O Banco Central reluta em utilizar esse instrumento para evitar uma queda das reservas cambiais - que são consideradas importantes para evitar uma desconfiança maior.

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As vendas diretas tendem a reduzir a cotação do dólar frente ao real, seguindo o princípio da oferta e da procura: quanto mais dólares à disposição, mais baratos eles ficam.

Leilões de linha

Os leilões de linha também são feitos por meio da venda de moeda norte-americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras.

Nesse caso, entretanto, os dólares têm de ser devolvidos ao Banco Central nos meses seguintes. Durante esse período, ficam no mercado. Como retornam às reservas cambiais, o BC considera que essas operações não afetam as reservas cambiais.

Os leilões de linha tendem a reduzir a pressão pela alta da moeda. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tende a ficar menor.

Os leilões de linha são utilizados em momentos de baixa liquidez (falta de dólares) no mercado de câmbio como, por exemplo, no fim de cada ano, quando cresce a procura por moeda norte-americana por causa das férias e viagens de fim de ano. 

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