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Entidades defendem salvaguardas para o vinho

Medidas de proteção ao setor, ainda em estudo, contrariam importadores, comerciantes e sommeliers, que preveem aumento nos preços e redução da diversidade de oferta 

Por Elder Ogliari
Atualização:

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), a Federação das Cooperativas do Vinho (Fecovinho) e o Sindicato da Indústria do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho) emitiram nota nesta sexta-feira defendendo a adoção das salvaguardas que pedirem ao governo federal para dar competitividade ao vinho nacional. A manifestação também condena as propostas de boicote ao produto brasileiro que têm circulado nas redes sociais, definindo-as como "ameaças e pressões comerciais" que justificaram ainda mais a medida.

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O pedido de salvaguarda foi feito em julho do ano passado. Em 14 de março deste ano, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) determinou a abertura de investigação para averiguar a necessidade do proteger o setor. Se concordar com os produtores, o governo federal poderá adotar cotas ou elevar alíquotas de importação, dos atuais 27% para 55%.

A perspectiva das salvaguardas contrariou importadores, comerciantes e sommeliers, que criticaram a iniciativa alegando que ela vai deixar o produto mais caro e reduzir a diversidade de ofertas. A nota das entidades sustenta que a salvaguarda é instrumento reconhecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), ressalva que o setor não pediu e não quer aumento de impostos para os importados e que espera apenas medidas temporárias e transitórias que permitam o reequilíbrio do mercado, como as cotas. 

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