ATACADO
Se no varejo as parcerias com o sócio BB parecem mais adiantadas, na operação de banco de atacado, Teixeira, que assumiu a presidência do Banco Votorantim em setembro de 2011, parece ter um caminho mais longo pela frente.
Quando em 2009 comprou 49,99 por cento do Banco Votorantim, virando sócio minoritário no braço financeiro da família Ermírio de Moraes, o BB tinha como um dos principais objetivos aproveitar a estrutura mais flexível de remuneração de um banco privado para competir em condições de igualdade com pesos pesados de banco de investimento no país. Em segmentos como fusões ou captações externas isso não aconteceu.
Para tentar desatar o nó, o Votorantim vem reforçando suas franquias internacionais, em Nova York e em Londres e recentemente trouxe o experiente executivo Paulo Mendes para comandar o braço de banco de investimentos do grupo.
O plano de longo prazo é desenhar produtos de dívida corporativa em parceria com o BB, como os Certificados de Operações Estruturadas (COE), instrumento financeiro que combina características de renda fixa e variável e que deve começar a operar integralmente neste segundo semestre.
"Não vamos brigar por rankings, mas oferecer soluções específicas que os clientes precisarem", disse Teixeira.
No mês passado, o Banco Votorantim lançou na BM&FBovespa o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios de debêntures de infraestrutura, em parceria com o Banco do Brasil.