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ENTREVISTA-RJ pretender vender ações de empresa de saneamento

Por ELZIO BARRETO
Atualização:

O Estado do Rio de Janeiro planeja vender ações excedentes ao controle de sua empresa de saneamento, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), no final deste ano ou no início de 2009 para levantar recursos e melhorar o perfil do endividamento, afirmou à Reuters o secretário de Finanças, Joaquim Levy. Atualmente, a companhia é 100 por cento controlada pelo Estado. "Estamos reformando o balanço e vamos vender ações mas manter o controle da companhia, um pouco como foi feito com a Sabesp", disse. Antes desse processo, a Cedae deve vender até 500 milhões de reais em debêntures para testar o apetite do mercado. O Rio de Janeiro também avalia a venda de bônus lastreados nos royalties do petróleo. "Não é para tapar buracos (da Rio Previdência), mas para otimizar o balanço", afirmou Levy, referindo-se ao fundo de pensão dos funcionários públicos. O Estado produz cerca de 80 por cento do petróleo nacional. A Rio Previdência tem cerca de 54 bilhões de reais em ativos, a maior parte por conta dos royalties pela exploração de petróleo, mas o fundo também conta com ativos reais. Levy afirmou que o fundo de pensão também pode vender bônus lastreados em ativos reais no mercado de capitais local. "A garantia do petróleo é um ativo muito interessante nos dias atuais." Esta não será a primeira vez que o governo estadual tenta vender ações da Cedae. Em 1998, então sob o comando de Marcelo Alencar (PSDB) foram quatro tentativas de privatizar a Cedae, que esbarraram na questão do poder concedente dos serviços da empresa, disputado pelo Estado e pelo município. Em 1999, a Prefeitura do Rio também tentou vender a parte que lhe cabia na Cedae, mas novamente a Justiça impediu o processo. (Reportagem adicional de Daniela Machado)

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