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EPE adia revisão dos cálculos da usina de Belo Monte

Por LEONARDO GOY
Atualização:

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) adiou de hoje para a próxima quarta-feira a data de entrega ao Tribunal de Contas da União (TCU) da revisão dos cálculos relativos ao custo da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o atraso deve-se ao fato de que o trabalho ainda não foi concluído.Inicialmente, a EPE estimou em R$ 16 bilhões o custo total para tirar a usina do papel. Com essa previsão, a EPE calculou em R$ 68 por megawatt/hora a tarifa máxima a ser usada no leilão da hidrelétrica. Os investidores privados, porém, vêm argumentando que a usina deve custar cerca de R$ 30 bilhões e o preço máximo mais razoável seria próximo de R$ 100 por MWh.A EPE deve mesmo subir o preço-teto e a previsão total de investimento, já que esse cálculo preliminar não levou em conta os investimentos relacionados pelo Ibama nas condicionantes da licença ambiental prévia. Enquanto a EPE não concluir esse trabalho, não deverá haver definições sobre os consórcios nem com relação a como a Eletrobrás participará da disputa.A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também aguarda o cálculo para aprovar o edital. Tanto é que a discussão do edital de Belo Monte não está listada entre os itens da pauta da reunião da próxima terça-feira (dia 2) da diretoria da agência. Já é fato consumado, portanto, que nem o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, nem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participarão como ministros do leilão, já que não há mais tempo hábil para que a licitação ocorra até o final de março, quando os dois terão que deixar o governo para disputar as eleições de outubro. Dilma deverá ser a candidata do PT à Presidência da República e Lobão deve tentar renovar seu mandato como senador pelo PMDB do Maranhão.

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