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EPE: gás veicular para gerar energia, só em último caso

Por LEONARDO GOY E ISABEL SOBRAL
Atualização:

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, admitiu hoje que não está descartada a hipótese de o governo tomar alguma medida para usar, na geração de energia, o gás que abastece outros consumidores, como as indústrias e os automóveis. Mas, segundo ele, isso será feito apenas em último caso. "A última medida, se for necessária, seria mexer nos outros setores consumidores de gás. Mas isso não está atualmente sendo considerado". Tolmasquim afirmou que o País dispõem ainda de um estoque de 4 mil MW que podem ser gerados por usinas termelétricas. Ele explicou que, de imediato, o governo determinou a geração de 800 megawatts por térmicas movidas a óleo diesel situadas na Região Sudeste. Este parque gerador de térmicas a óleo no Sudeste pode elevar a sua geração para até 1,2 mil MW. Outros 1 mil MW deverão ser adicionados ao sistema pela TermoMacaé, no Rio de Janeiro, que receberá 5,5 milhões de metros cúbicos de gás adicionais que começarão a ser produzidos em fevereiro na Bacia do Espírito Santo e poderão ser transportados com a inauguração do gasoduto Cabiúnas-Vitória, na segunda semana de fevereiro. Tolmasquim disse que, se for necessária uma geração ainda superior a esta, outras medidas serão analisadas, como a disponibilização pela Petrobras de gás que usa atualmente em suas refinarias. Segundo ele, este volume de gás que a Petrobras poderia oferecer com a otimização de seus processos ainda não foi calculado. Ele ainda lembrou que, no final do primeiro semestre, o País terá uma oferta adicional de cerca de seis milhões de metros cúbicos diários de gás com o início das operações da unidade de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no porto de Pecém, no Ceará.

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