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EPE: governo abre mão de 3,6 mil MW no Rio Xingu

Por LEONARDO GOY
Atualização:

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse hoje que ao decidir que apenas a usina de Belo Monte seja construída no Rio Xingu, no Pará, o governo abre mão de um potencial energético de 3,5 mil a 3,6 mil megawatts (MW) que seriam gerados em três outras usinas que poderiam ser instaladas ao longo do rio. Ressaltou que "em soluções consensuadas, todos têm de abrir mão de alguma coisa". O presidente da EPE disse esperar que com a decisão, a ser oficializada amanhã no Diário Oficial da União em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), seja agilizado o processo de emissão da licença ambiental de Belo Monte. A usina terá, quando concluída, capacidade de gerar 11,180 mil MW, tornando-se a segunda maior do País, depois de Itaipu. O projeto de Belo Monte é polêmico, questionado por ambientalistas e por comunidades indígenas da região. Tolmasquim destacou que uma das vantagens de se construir somente Belo Monte no Xingu é tranqüilizar os críticos da usina, que temiam ser ela a porta de entrada para o início de uma exploração mais abrangente do Xingu. "A decisão mostra que o aumento da oferta de energia pode se dar em harmonia com o meio ambiente", declarou. Lembrou que na década de 80 os estudos sobre o aproveitamento hidrelétrico do Rio Xingu apontavam a produção potencial de mais de 20 mil MW, levando ao alagamento de uma área de 18,3 mil quilômetros quadrados. Agora, como será instalada só Belo Monte, serão inundados 440 quilômetros quadrados.

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