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EPE: País precisa agora de menos energia para crescer

Por Monica Ciarelli (Broadcast)
Atualização:

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o Brasil entrou na lista dos países que precisam de menos energia para crescer. Segundo ele, essa mudança é fruto de fatores como a maior eficiência produtiva, o aumento da autoprodução de eletricidade, o crescimento mais forte de setores industriais menos intensivos em consumo de energia e também o incremento das importações. Como exemplo dessas mudanças, Tolmasquim citou a menor elasticidade entre o Produto Interno Bruto e o consumo de energia elétrica. Entre 1995 e 2000, para cada ponto porcentual de crescimento do PIB, a demanda por energia subia dois pontos. Hoje, o cenário é diferente, o PIB e o consumo de energia caminham lado a lado. "Isso é um marco importante na história do País", afirmou. Outro ponto destacado pelo executivo é a mudança no perfil da indústria. Entre 2002 e 2007, os segmentos que consomem menos energia cresceram 28%, enquanto os que absorvem mais energia apresentaram uma alta de apenas 11%. A autoprodução é outro tema importante na equação desse novo cenário traçado pela EPE. Hoje, 92,9% da demanda do mercado vem do sistema elétrico de rede, o restante vem da autoprodução (energia gerada na própria indústria). A expectativa da EPE é de que a autoprodução cresça a um ritmo maior nos próximos anos, o que deve elevar sua fatia nesse mercado. O plano divulgado hoje pela EPE prevê um incremento de 11,2% ao ano na autoprodução até 2017, acima da média histórica de 8% ao ano registrada entre 1991 e 2007. O presidente explica que a mudança é positiva porque além de ser um sinal de maior eficiência também diminui a necessidade de energia gerada pela rede. "Isso significa que será preciso construir menos usinas para atender ao mercado livre e cativo", afirmou.

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