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EPE: tarifa baixa em leilão mostra que houve competição

Por Wellington Bahnemann e LEONARDO GOY E GERUSA MARQUES
Atualização:

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que o preço do leilão da usina hidrelétrica de Santo Antônio foi baixo porque o governo conseguiu viabilizar a competição na licitação. "O novo modelo do setor elétrico tem como premissas segurança ao investidor e introduzir a competição. A tarifa só foi baixa por causa da competição", comentou o executivo. O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse que garantir a competição era uma preocupação do governo. Tanto que, em uma decisão política, preferiu manter o preço inicial em R$ 122 o megawatt-hora (MWh), apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) sugerir um valor mais baixo. "Tomamos uma decisão política para ter mais competidores no leilão", revelou. Tolmasquim afirmou que o preço sugerido pelo consórcio vencedor, de R$ 78,90 o MWh não deve ser um problema para viabilizar o empreendimento. "Não temos dúvida da capacidade dos empreendedores, que estudam a usina há anos", disse o presidente da EPE, em referência ao consórcio vencedor Madeira Energia, formado por Odebrecht, Furnas, Cemig, Banif, Santander e Andrade Gutierrez. O presidente da EPE lembrou que o consórcio depositou uma garantia de R$ 650 milhões para disputar o empreendimento. "Esses investidores não iriam colocar uma garantia enorme para não dar certo", disse Tolmasquim. O executivo admitiu que há uma grande assimetria de informações entre o governo e os investidores no cálculo do orçamento dos projetos. Tanto que ele lembrou que a estimativa inicial de investimento para a usina de Santo Antônio era de R$ 12 bilhões, que resultaria em uma tarifa próxima de R$ 160/MWh a R$ 170/MWh.

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