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Equador revê contratos de petróleo

Por AE
Atualização:

O governo do Equador anunciou ontem que fará uma auditoria nos contratos petroleiros do país, em mais um passo rumo à estatização do setor. Segundo o ministro de Minas e Petróleo, Galo Chiriboga, o objetivo é transformar as petroleiras privadas em prestadoras de serviços para a estatal Petroecuador. Em um sinal de endurecimento com as companhias, o presidente Rafael Correa ameaçou aumentar ainda mais a participação do Estado na receita das companhias que se recusarem a negociar. Na semana passada, Correa ampliou de 50% para 99% a fatia do Estado na receita das petroleiras com a venda do petróleo equatoriano acima dos US$ 24 por barril, com o claro objetivo de forçar as companhias a aceitar os novos contratos. O governo esperava se encontrar ontem com representantes das companhias, mas ninguém compareceu. Na opinião de Chiriboga, a ausência indica que os executivos ainda estão discutindo com suas matrizes no exterior as mudanças promovidas pelo governo. No modelo atual, empresas e Estado dividem a produção de petróleo em 80% e 20%, em média. O modelo de prestação de serviços prevê que as petroleiras sejam contratadas da Petroecuador para extrair as reservas, recebendo remuneração fixa pelo trabalho. O governo diz que está se apropriando apenas dos lucros extraordinários obtidos em tempos de petróleo a US$ 80 por barril. A Petrobras ainda não se pronunciou sobre o assunto. Ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, a companhia afirmou que ainda está avaliando os impactos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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