
08 de outubro de 2007 | 14h22
O Equador anunciou que será flexível nas conversações com as petroleiras estrangeiras para a renegociação dos atuais contratos, porém o aumento inesperado no valor dos royalties recebidos pelo governo não deve ser negociado, afirmou o ministro de Petróleo do país, Galo Chiriboga. O presidente Rafael Correa, que conquistou um forte apoio na recente votação para a assembléia constituinte, surpreendeu os operadores de petróleo na quinta-feira ao elevar a participação do Estado nas receitas e as negociações de contratos são parte de sua movimentação para haver mais intervenção estatal na economia. Chiriboga deseja que as companhias troquem contratos que lhes garantem o acesso a parte do petróleo extraído por novos acordos dando ao Estado todo o petróleo e às empresas o pagamento de uma taxa de serviço. Mas ele não descartou a criação de novos tipos de contratos nas discussões para renegociação. "Se a lei nos permitir ter um novo tipo de contrato, ou um híbrido, podemos sentar e negociar... podemos explorar isso", disse, antes de as empresas darem início às conversações em Quito. "Vamos sempre ser flexíveis nas discussões de renegociação", acrescentou. A espanhola Repsol, a Petrobras, a francesa Perenco, a chinesa Andes Petroleum e a norte-americana City Oriente concordaram em dar início às discussões com o governo, segundo Chiriboga. A decisão da semana passada aumentou de 50% para 99% a participação do Estado na renda do petróleo produzido acima de um preço determinado. A decisão de Correa segue-se a medidas similares adotadas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, que neste ano nacionalizou projetos bilionários de petróleo pesado como parte de seu movimento para implementar o socialismo no país.
Encontrou algum erro? Entre em contato