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Esboço da OMC para agricultura deve sair amanhã

Por Agencia Estado
Atualização:

Um primeiro esboço da proposta da Organização Mundial do Comércio (OMC) para a agricultura deve ser apresentado amanhã pelo facilitador do Grupo de Agricultura, o ministro George Yeo, de Cingapura. A informação é do ministro brasileiro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Na manhã desta sexta-feira, Rodrigues falou aos jornalistas brasileiros por viva-voz e fez um balanço do segundo dia da 5ª Conferência Ministerial da OMC, que segue até domingo em Cancún, México. "Ele (George Yeo) informou ontem à noite que pretende, até amanhã de manhã, ter um primeiro papel em relação à agricultura", afirmou Rodrigues. Ontem à noite, os ministros da agricultura dos 148 países que compõem a OMC estiveram reunidos com Yeo. Segundo o ministro brasileiro, esse primeiro papel deve contemplar, tanto quanto possível, o total dos interesses colocados. "Como os interesses são divergentes em grande parte, o que não permite um acordo com consenso, por enquanto, fica a expectativa de que papel apresentado por Yeo será bastante genérico, se o documento perseguir algum tipo de acordo", completou Rodrigues. Na reunião entre os ministros, os países que não estão ligados ao Grupo de Cairns, ao G-21, União Européia ou Estados Unidos aproveitaram a oportunidade para expor suas posições em relação às negociações. "Em todas as reuniões fica firmemente colocado que sem agricultura não haverá avanço em Cancún", afirmou Rodrigues. Green room Prevendo dificuldade de consenso para uma proposta agrícola, será organizado em Cancún um "green room". A expressão "green room" (salão verde) vem do antigo Gatt, e, em linhas gerais, determina que quando há algum tipo de impasse nas negociações comerciais, um conjunto de países é convocado para um reunião e tenta solucioná-lo. "O green room é estabelecido para todas as decisões quando há impasse. Ele é acionado quando é impossível uma decisão de conjunto. Um pequeno grupo de países é chamado para discutir as posições e tentar fechar um acordo", explicou o ministro Roberto Rodrigues. "O Brasil fará parte dele", completou.

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