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Escassez de água preocupa mais que energia

Em meio a discussões sobre o racionamento de energia, surge outro problema: a escassez de água. E um dos maiores vilões neste assunto é o vaso sanitário. Veja abaixo como a troca do produto pode se traduzir em economia.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os profissionais do setor da construção civil já estão alardeando que a crise da água que os brasileiros deverão enfrentar em um futuro próximo será bem mais rigorosa que a atual energética. A preocupação é tanta que, na mais tradicional feira do setor, a Feab/Anamaco, que se encerra hoje, no Expo Center Norte, em São Paulo, o tema economia de água pautou a maioria dos lançamentos de produtos para o ramo da construção. De todas formas de uso da água, que são consideradas as vilãs do racionamento, uma das mais preocupantes, entre os profissionais, é a liberação nos vasos sanitários dos banheiros. "Ao dar descarga gastam-se em média de 25 a 30 litros de água", comenta o presidente da Associação Nacional dos Comeriantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz. Segundo Conz, no Brasil, cerca de 100 milhões de vasos sanitários precisam ser trocados em função do desperdício de água. Mas isso não é argumento de quem quer vender mais vasos. No próximo ano, entrará em vigor, uma legislação que determina que todos os equipamentos novos deverão ter uma infra-estrutura adequada para que o volume de água liberado no ato de dar descarga não ultrapasse 6,8 litros. Problema de escassez de água exige novos produtos Os fabricantes de louças para banheiros já estão atentos às novas normas e estão produzindo equipamentos que atendam as exigências. Nos últimos dois anos, popularizou-se o estilo de vaso sanitário que traz a caixa d´água acoplada. Muitas delas, comportam de 6 a 12 litros de água. "Mas não é na caixa d´água que está a eficiência no uso de apenas 6 litros de água", avisa a arquiteta Marina Perfetto. Marina é uma das responsáveis na criação dos projetos de louças sanitárias da empresa mineira Icasa. Ela explica que é no sifão responsável pela sucção e eliminação dos dejetos que está a solução de economia. Essa peça fica na parte inferior do vaso. "Na Icasa já estamos vendendo louças que apresentam eficiência de usar apenas 6 litros de água para limpar o vaso", diz. A média de preços dos produtos da Icasa com essa tecnologia é de cerca de R$ 80,00. Vasos sanitários que economizam Com tantos vasos sanitários disperdiçando água, a venda de peças mais econômicas representa um mercado promissor para o segmento cerâmico. Com 26 anos de tradição na fabricação e comercialização de louças para a cozinha, a Fiori Cerâmica Ltda, localizada em Andradas, no sul de Minas Gerais, decidiu atuar no segmento de louças para banheiro e lançou, na Fehab/Anamaco, sua linha de banheiro com vasos sanitários acoplados com caixas d´água com capacidade para seis litros. "A maioria das válvulas de descargas, aquelas de parede, gasta absurdos de água", comenta o gerente comercial Walter Aprigliano Filho. A Deca é uma das poucas empresas que desenvolveram um sistema em que as válvulas de descarga instaladas nas paredes têm sensores que medem o jorramento de água e permitem a liberação de 6 litros. "Mas vale destacar que é a sinfonagem que de fato exerce a eficiência de fazer com que 6 litros sejam o suficiente para deixar o vaso limpo", avisa o promotor técnico da Deca, Alfredo Garcia. Um dos produtos da Deca interrompe totalmente o fornecimento da água após a liberação dos seis litros, um outro, tem a medição digital que mostra o quanto de água foi liberado só no movimento de apertar e soltar a descarga. Os interessados em trocar as louças sanitárias dos banheiros pelas novas peças devem ficar atentos aos detalhes da obra. Veja no link abaixo dicas para economizar água e os números do desperdício.

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