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Escolas preparam-se para racionamento

As escolas particulares de São Paulo estão comprando geradores e transferindo atividades noturnas para os sábados. Já as escolas estaduais e municipais esperam a definição do governo para adotar esquemas de emergência.

Por Agencia Estado
Atualização:

As escolas particulares de 1.º e 2.º graus preparam esquemas, embora ainda não disponham de muitas informações para enfrentar o racionamento de energia elétrica que será anunciado pelo governo federal na sexta-feira. Compra de novos geradores para aumentar a produção de energia, reforço de segurança em dias de apagão e transferência de atividades noturnas durante a semana para os sábados são as principais medidas anunciadas por algumas instituições de ensino da capital paulista, como os colégios Porto Seguro, Dante Alighieri, Bandeirantes e Magno. De acordo com o diretor administrativo do Colégio Magno, Maurício Tricate, a instituição comprou um novo gerador para o sistema de computadores, trocou todos os equipamentos e instalou avisos aos alunos pedindo que as luzes sejam apagadas em todas as sala. Além disso, os 3,5 mil estudante estão recebendo orientações sobre economia de energia. No Dante Alighieri, a direção investiu R$ 220 mil na compra de dois novos geradores, que vão se juntar ao já existente. Além disso, foi criada uma comissão de professores e funcionários encarregada de evitar que lâmpadas fiquem acesas sem necessidade. "Nosso objetivo é manter as aulas no período letivo, que vai das 6 h às 20h30", afirmou o presidente da instituição, de 5.300 alunos, Guglielmo Falzoni. O Colégio Bandeirantes vai instalar em junho, segundo seu diretor Sérgio Boggio, um sistema de geradores que deixará a escola praticamente auto-suficiente em produção de energia. Já o Porto Seguro, onde estudam 7.350 alunos, decidiu reforçar a segurança interna e nas imediações da escola em dias de apagão e transferir as atividades noturnas - a escola não tem aulas à noite - para os sábados. O colégio tem geradores de energia. Rede pública aguarda definições do governo As Secretarias estadual e municipal de Educação aguardam definição do governo federal para aplicar os esquemas de emergência. A Assessoria de Imprensa da secretaria estadual prevê que, caso as aulas sejam suspensas um dia por semana à noite por falta de energia elétrica, as aulas serão repostas em dezembro para completar o calendário letivo de 200 dias por ano. A presidente do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, discorda da idéia. "Até 20 de dezembro é ano letivo. Em vez de avançar mais ainda no mês, podíamos dar uma aula a mais por dia", sugeriu. Das 870 escolas da rede municipal, que também pretende repor aulas, 344 têm aulas no período noturno e devem ser afetadas pelo racionamento. Contudo, a rede vai esperar definições do governo para organizar esquemas de economia de energia.

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