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Espanha estabelece limites para dívidas regionais

Governo central espanhol ordenou que administrações locais limitem suas dívidas a 15,1% do PIB este ano

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

MADRI - O governo central da Espanha ordenou hoje que as administrações regionais limitem suas dívidas a 15,1% do PIB este ano - em média - no mais recente esforço para combater a crise financeira que atinge o país.

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Os secretários regionais de Finanças se encontraram com o ministro de Orçamento, Cristóbal Montoro, e concordaram com o teto médio de 15,1% para as dívidas este ano e 16% no ano que vem. Mas o acordo não conseguiu aprovação de todas as 17 administrações regionais. O governo da Catalunha boicotou a reunião, enquanto a representante da Andaluzia saiu do encontro antes da votação do teto para o endividamento.

Duas regiões menores, Astúrias e Ilhas Canárias, foram contra o limite. No fim, as regiões que aceitaram a restrição foram aquelas controladas pelo Partido Popular, o mesmo do primeiro-ministro, Mariano Rajoy.

Os tetos para as dívidas este ano variam de 9,87% para Madri a 22,81% para a Catalunha, segundo afirmou o vice-ministro de Administração Pública, Antonio Beteta. Para 2013, os limites vão de 10,07% para Madri a 23,6% para a Catalunha.

Após sair da reunião, a secretária de Finanças da Andaluzia, Carmen Martinez Aguayo, afirmou que as medidas do governo central são "desproporcionais". "As metas nos obrigam a fazer cortes absolutamente indiscriminados e totalmente ilógicos em serviços como saúde e educação", comentou.

Sob intensa pressão dos seus parceiros europeus e dos mercados para estabilizar suas finanças públicas, o governo da Espanha ordenou que as administrações regionais cortem o déficit orçamentário para 1,5% dos seus PIBs este ano e 0,7% em 2013.

"A enorme maioria das regiões votou a favor das metas e dos tetos de dívidas propostos pelo governo. E o compromisso que todos nós temos, incluindo aqueles que se opuseram às medidas ou não participaram da reunião, é avançar com o cumprimento das metas de déficit público", afirmou o ministro Montoro. As informações são da Dow Jones.

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