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Espanha não busca ajuda de fundo de resgate, diz Alemanha--mídia

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Por Redação
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O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, descartou informações de que a Espanha estaria prestes a pedir ao fundo de resgate da zona do euro para comprar seus títulos. Ele ainda atenuou os receios sobre os crescentes custos dos empréstimos em uma entrevista para o jornal Welt am Sonntag, publicada neste sábado. "As necessidades de financiamento da Espanha no curto-prazo não são altas. As altas taxas de juros são dolorosas e criam muitas incertezas, mas não é o fim do mundo se você tem de pagar uma porcentagem um pouco maior em alguns leilões de títulos", afirmou Schaeuble. Questionado se havia alguma verdade na especulação de que a Espanha iria em breve pedir ajuda para o fundo de resgate da zona do euro por meio da compra de títulos, o ministro respondeu: "Não. Não há nada nestas especulações". Os custos dos empréstimos espanhóis atingiram nesta semana níveis máximos da história do euro, conforme o retorno que os investidores exigiram para segurar os títulos de 10 anos dispararam para 7,78 por cento. Os rendimentos então recuaram para abaixo de 7 por cento, com expectativas de que o Banco Central Europeu poderia adotar ações ousadas, após a promessa do presidente Mario Draghi de que faria o que fosse necessário para proteger o euro. Questionado sobre temores de que a Espanha possa não ser capaz de vender seus títulos, Schaeuble disse: "Nós sabemos sobre estas preocupações. É por isso que nós elaboramos um pacote de auxílio que era suficientemente grande. A Espanha irá receber até 100 bilhões de euros para recapitalizar seus bancos e disto nós disponibilizamos 30 bilhões de euros do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira como potencial ajuda imediata". Schaeuble irá se reunir com o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, em Berlim esta semana. "(O governo espanhol) tomou todas as decisões necessárias e está implementando-as. Merece respeito por isso... os mercados financeiros ainda não recompensaram a Espanha por estas reformas, mas isto ainda virá", disse Schaeuble. (Reportagem de Alexandra Hudson)

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