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Espanhóis continuarão pressionando Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

A diretora para instituições financeiras da agência de classificação de risco Fitch, Maria José Lockerbie, disse hoje que os bancos espanhóis vão fazer tudo o que for possível para tentar convencer o governo argentino a alterar as medidas econômicas e, assim, aliviar as suas perdas no país. Ao longo dos últimos dias, diretores de bancos espanhóis, em contatos com autoridades européias e analistas de mercado, vêm manifestando sua profunda preocupação com a Argentina, inclusive acenando com uma possível saída do país. "Os bancos espanhóis estão sob uma forte pressão de seus acionistas e estão promovendo um forte campanha para tentar reduzir as perdas na Argentina", disse Lockerbie. "Eles vão tentar de tudo para não abandonar o país, no qual fizeram pesados investimentos e que integra uma estratégia de expansão internacional de longo prazo." A analista observou, no entanto, que "se tudo der errado", com o governo argentino não negociando alternativas para o setor, como vem ocorrendo até agora, ?a possibilidade de saída dos espanhóis não pode ser descartada." Ingenuidade - Para analistas de bancos europeus da City londrina, os bancos espanhóis foram "ingênuos" na condução de seus negócios na Argentina. "A crise na Argentina foi a mais anunciada da história, desde o início da ano passado, todo mundo em Wall Street, aqui de Londres e no mercado brasileiro, sabia que a coisa ia estourar de maneira feia", disse um analista. "Mesmo assim, os espanhóis continuaram apostando na conversibilidade cambial. Foi muita ingenuidade." Segundo ele, a estratégia do BBVA foi "totalmente equivocada" pois reforçou recentemente sua posição na Argentina. "O BSCH, pelo menos, se expôs mais no Brasil, com a compra do Banespa." Leia o especial

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