23 de junho de 2011 | 00h00
Diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pires não conhecia em detalhes o estudo, mas afirmou que não chega a ser uma novidade a hipótese de existir gás natural na bacia do São Francisco.
Tanto que, argumenta ele, empresas internacionais, como a Shell, e locais, como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais(Codemig), ambas estatais, têm blocos para pesquisas, perfurações e exploração.
"Existe no mercado essa perspectiva de que pode haver muito gás na região. Mas, no caso do gás e do petróleo, só se pode saber de fato quando se fura e produz". De acordo com o especialista, "não dá para falar", por enquanto, que haverá produção de sete milhões de metros cúbicos diários. "É prematuro. Isso é bastante gás. Representa um quarto do que o Brasil importa da Bolívia", acrescentou Pires.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) não comentou o assunto, sob a alegação de que ainda é um estudo. Por meio de sua assessoria de imprensa, a agência limitou-se a informar que sua função é acompanhar a execução do contrato e que o bloco em questão ainda está na fase de pesquisas. A Petrobrás informou não ter acompanhado a pesquisa porque não participa do consórcio responsável pelo bloco.
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