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Especialista calcula multa de US$ 8,3 bilhões à Chevron

Por Hélio Barboza
Atualização:

O especialista independente Richard Cabrera submeteu à Justiça equatoriana um relatório em que recomenda a aplicação de uma multa de pelo menos US$ 8,3 bilhões à companhia petrolífera americana Chevron, como compensação por danos ambientais na região amazônica. O valor da indenização pode chegar a US$ 16 bilhões, segundo um dos advogados que representam os autores da ação judicial. O relatório oficial foi submetido ontem a um tribunal da cidade de Nueva Loja pelo especialista, disse o advogado Pablo Fajardo. De acordo com o advogado, o relatório de Cabrera estima os danos ambientais em US$ 8,3 bilhões e acusa a Texaco, que a Chevron comprou em 2001, de ter economizado cerca de US$ 8 bilhões em seus esforços de limpeza, incluindo a utilização de tecnologia ineficiente e de más práticas ambientais. O juiz que preside o caso pode aceitar ou rejeitar parcial ou integralmente as conclusões do relatório de Cabrera. O juiz também pode designar outro especialista. O processo contra a Chevron resulta de suposta contaminação do Lago Agrio, na região amazônica. A companhia é acusada de ter usado tecnologia ultrapassada, que teria levado a prejuízos ambientais. A queixa começou em 1993, com um processo em tribunais de Nova York, que rejeitaram julgar a denúncia alegando ser o caso de competência da Justiça equatoriana. Em maio de 2003, vários grupos indígenas entraram com um processo contra a companhia em Nueva Loja. A Chevron rejeita as acusações e diz que cumpriu todas as exigências para a descontaminação da área, conforme um acordo fechado com a Petroecuador. A empresa afirma ter gasto cerca de US$ 40 milhões com a descontaminação. As informações são da Dow Jones.

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