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Especialistas apontam opções para aplicação de curto prazo

Além da tradicional caderneta, especialistas em finanças pessoais indicam aplicação no Tesouro Direto, fundos DI e CDB

Por Roberta Scrivano
Atualização:

Em investimentos, prazo e risco estão intimamente ligados. Isso quer dizer que se o período do investimento for curto, o risco deve ser igualmente pequeno, segundo especialistas em finanças pessoais.A justificativa para a recomendação é simples: com poucos meses de aplicação, se houver uma forte perda - como pode ocorrer no mercado acionário - não haverá tempo para que o investidor remaneje os recursos e recupere o que foi perdido."No curto prazo tem que ser conservador ou corre-se o risco de frustrar a realização do objetivo inicialmente definido", explica o educador financeiro Mauro Calil.O profissional autônomo Antônio Cardoso, de 36 anos, por exemplo, conta que em meados de 2008, quando sua esposa engravidou do segundo filho, vendeu seu carro e aplicou todo o dinheiro na bolsa. "Eu queria vender as ações depois de alguns meses para comprar um carro melhor antes do neném nascer", relata.O principal estímulo de Cardoso para tomar essa decisão foram os bons ganhos que ele obteve com ações em 2007 e no primeiro semestre de 2008. "Mas a crise mundial chegou e meu carro virou uma bicicleta", conta.Para Rogério Bastos, da consultoria FinPlan, quem tem menos de R$ 50 mil e quer aplicar no curto prazo deve concentrar seus recursos na poupança. "Se a pessoa tiver mais de R$ 50 mil, haverá melhor rentabilidade em um fundo DI", diz.Se o volume de recursos for maior que R$ 60 mil, Mauro Calil recomenda a aplicação em Certificado de Depósito Bancário (CDB). "Mas para o CDB ter rentabilidade melhor que a poupança ou fundo DI é preciso negociar muito bem a taxa de remuneração do CDB", alerta o educados financeiro.A rentabilidade do CDB é lastreada no Certificado de Depósito Interbancário (CDI) - taxa de juro de referência do mercado financeiro. "Para investimento de R$ 60 mil no curto prazo, o CDB deve oferecer pelo menos 95% do CDI ou a poupança torna-se mais vantajosa", completa Calil.Aplicar no Tesouro Direto é mais uma alternativa para aplicações de curto prazo. "Desde que o vencimento seja o que você espera. Se essa data for outra, o investidor pode ganhar ou perder", completa Calil.Aplicar em ações por seis meses ou um ano, diz Bastos, neste momento não é um bom negócio. "Os papéis de ações voltadas para o Brasil estão indo muito bem, mas a questão é que as ações estão nas mãos dos estrangeiros, o que é um risco diante das turbulências nas economias de outros países."

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