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Espero que BRICs aportem fundos no FMI no prazo adequado, diz ministro japonês

Jun Azumi acredita que o FMI não terá dificuldade para levantar os US$ 400 bilhões em novos recursos que deseja

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

WASHINGTON - O ministro de Finanças do Japão, Jun Azumi, fez nesta quinta-feira, 19, uma discreta cobrança para que os países emergentes se comprometam com novos aportes para aumentar a capacidade de empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). 

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Citando nominalmente o BRIC (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) ele disse esperar que a oferta de novos empréstimos ao Fundo seja feita "no tempo adequado". Esta semana o Japão prometeu um aporte de US$ 60 bilhões ao FMI.

"Eu acho que eles (os BRICs) vão fornecer a ajuda por meio de um esquema conjunto, em um prazo adequado", comentou Azumi. O ministro japonês acredita que o FMI não terá dificuldade para levantar os US$ 400 bilhões em novos recursos que deseja. "Eu acredito que essa meta está se aproximando".

Quem não demonstrou tanta certeza assim quanto à ajuda dos emergentes foi o ministro de Finanças da Indonésia, Agus Martowardojo. Segundo ele, alguns emergentes precisarão de um prazo além da reunião do G-20, em junho, para decidir sobre os aportes. Para ele, não está claro como e onde o dinheiro extra do FMI será usado. E a ideia de que esses recursos podem ser destinados para salvar outro país europeu é uma preocupação.

"A ideia de injetar dinheiro no FMI é boa, nós defendemos isso, mas se os recursos extras forem alocados integralmente na Europa, isso é uma preocupação. Essa não é a melhor coisa a se fazer", afirmou Martowardojo. "Em junho, os líderes do G-20 vão se encontrar e tentar achar uma solução. Mas eu não acredito em uma solução em junho. Provavelmente será preciso mais tempo".

O ministro indonésio disse que um pré-requisito para a destinação de novos aportes ao FMI é a ratificação da reforma na governança do Fundo, combinada em 2010. Os emergentes querem ter mais poder na instituição. Apesar das mudanças terem sido aprovadas pela maioria dos membros do FMI nos seus governos locais, alguns países, notadamente os EUA, ainda não ratificaram o acordo. As informações são da Dow Jones.

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