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''Está difícil um novo emprego''

Ex-metalúrgica Adriana começou a atrasar pagamento

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara e SÃO PAULO
Atualização:

Demitida em novembro, a ex-metalúrgica Adriana Tavares de Matos, de 30 anos, começou a sentir o peso das contas vencendo, sem ter salário para pagá-las. Neste mês, ela deixou de pagar a prestação de R$ 177 de um empréstimo pessoal. A fatura do cartão de crédito que vence na quarta-feira também não será quitada. "Até dezembro consegui pagar as contas porque recebi uma parte da indenização." Mas, agora, o dinheiro acabou e a homologação ainda não foi feita. Com salário de R$ 940, a ex-metalúrgica foi demitida após onze anos de trabalho numa indústria de antena e alarme para carro. O motivo dos cortes que atingiram ela e cerca de 130 trabalhadores da metalúrgica foi a crise, diz a ex-operária. A decisão da empresa foi concentrar a linha de produção na qual ela trabalhava numa cidade do interior, para reduzir custos. "Até agora não consegui outro emprego e está difícil recolocação no mercado de trabalho", diz. Com o segundo grau completo, ela conta que há empresas que bloquearam o site para envio de currículos. Antes de ir para a indústria, Adriana trabalhou no comércio, mas não gostou. "A jornada era intensa, a folga era uma vez por semana e a hora extra não era paga. Na fábrica, o salário era melhor e eu tinha mais tempo livre."

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