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Está interessado nas vagas do setor de tecnologia? Veja como se preparar

Setor prevê abrir 420 mil empregos até 2024 e tem falta de mão de obra; existem formas de profissionais de outras áreas se adequarem às oportunidades

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Por Fernando Scheller
Atualização:
No escritório da 99, em São Paulo, hásalas de ioga, meditação,jogos e churrasqueira para atrair funcionários Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Qual é a demanda de profissionais do setor?

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Segundo a Brasscom, entidade que reúne as empresas de tecnologia, o setor abriu cerca de 28 mil vagas no ano passado. Para os próximos seis anos, a expectativa é de 420 mil novos empregos  – uma média de 70 mil ao ano, entre 2019 e 2024.

Quantas vagas existem abertas no momento?

Milhares, segundo diferentes fontes. A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) calcula que existam 5 mil postos de trabalhos abertos em empresas nascentes. Em empresas maiores, como a Movile (dona do iFood), há 500 vagas à espera de candidatos. O Porto Digital quer contratar 10 mil pessoas em cinco anos.

Quais são as funções mais procuradas?

Segundo a Abstartups, das 5 mil vagas abertas, as áreas com mais oportunidades são: desenvolvimento (40,71%), vendas e atendimento (25,5%), marketing (13,43%) e design UX (experiência de usuários)/UI (interface com o usuário), com 7,93%. Outras áreas representam 12,43% das oportunidades. Os Estados com mais vagas são: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

Quais são os salários médios hoje no setor de tecnologia?

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Segundo a Revelo, os valores são: desenvolvedor (R$ 6.452), cientista de dados (R$ 6.732), inteligência de negócios (R$ 5.740) e especialista em marketing digital (R$ 4.832). Veja outros valores neste infográfico.

Dá para se preparar sem custo?

Sim, pelo menos de forma inicial. Segundo o responsável pela área de talentos da Movile, Matheus Fonseca, uma boa forma de dar os primeiros passos no segmento é por meio de fóruns de discussões de diferentes tecnologias na internet e com tutoriais de programação e de temas como experiência de usuário e design thinkingna web.

Empresas oferecem treinamento?

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Sim. A Movile, por exemplo, tem um treinamento de quatro sábados, gratuito. O NuBank também promove os chamados “meet ups”, que são eventos de discussão sobre tecnologia. Vale a pena conferir as oportunidades nos sites dessas e de outras companhias do setor para entender os critérios de participação. Há também casos de empresas que oferecem treinamentos em que há custo.

Há cursos de especialização e reciclagem voltados para o mercado de tecnologia?

O leque é grande. Há desde cursos oferecidos por universidades renomadas até escolas que são especializadas no segmento de tecnologia, como Digital House, StartSe e Gama Academy. Na Digital House, um curso de cinco meses, que inclui também encontros com um “coach” de carreira, sai entre R$ 7 mil e R$ 8 mil.

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Quem tem mais chance de conseguir um emprego?                   

Formados em ciências e engenharia da computação. No entanto, os cursos voltados à área de tecnologia só formam 45 mil alunos por ano no Brasil, segundo a Brasscom. Por isso, as empresas de tecnologia estão sendo obrigadas a relaxar os critérios de contratação, voltando-se para profissionais de outras áreas e para formados em cursos técnicos .

Sou da área de humanas. Posso tentar me recolocar nesse setor?

Sim. Apesar de a preferência ser por engenheiros de várias áreas e matemáticos, já mais habituados com raciocínio lógico, o Estado apurou que há casos de advogados, administradores e até músicos que hoje trabalham como programadores.

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