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'Está todo mundo sem investimento planejado para 2019', diz empresário

Segundo Carlos Jereissati Filho, presidente do Grupo Iguatemi, incerteza política e ausência de reformas travam a perspectiva de investimentos do setor privado

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RIBEIRÃO PRETO - O presidente do Iguatemi, Carlos Jereissati, avaliou nesta quarta-feira, 26, que o clima de incerteza política e a ausência de reformas estruturais no País travam a perspectiva de investimentos do setor privado para 2019.

"Não sabemos nem quem vai liderar o Brasil. Precisamos saber para que lado nós vamos e quem está investindo no Brasil só pode planejar no longo prazo", disse. "Em 2019 está todo mundo sem investimento planejado, esperando ver se as reformas necessárias de redução de Estado e de burocracia serão feitas", completou.

O empresário Carlos Jereissati Filho, presidente do Grupo Iguatemi, que reúne shopping centers e imóveis comerciais. Foto:

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Segundo o executivo, a principal reforma a ser feita no País é a da Previdência, que precisa ser ampla e não apenas paliativa. "A reforma da Previdência não é uma questão de opinião, é uma questão de matemática." Ele elogiou medidas adotadas pelo atual governo após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que tiraram o varejo de "uma rota muito ruim", com a inflação beirando os dois dígitos à época.

"O freio de arrumação trouxe o Brasil para baixa inflação e juro baixos e acontecerem reformas, como a Trabalhista, que deu flexibilidade para contratações", exemplificou.

Para Jereissati, "as reformas (até agora) ajudaram a ter um pouco de paz", mas estão longe do cenário ideal para fomentar investimentos de curto prazo. Se novas reformas e medidas para a redução do tamanho do Estado não forem tomadas, "vai ser um pepino e vai começar a faltar dinheiro para tudo no Brasil", criticou o executivo durante conversa com jornalistas em evento de comemoração dos cinco anos do centro de compras da companhia em Ribeirão Preto (SP).

Sem citar nomes dos candidatos a presidente da República, o diretor-presidente do Iguatemi afirmou que "o brasileiro está aos trancos e barrancos aprendendo e tem errado muito na (escolha em nível) federal, mas tem sido melhor nas eleições estaduais e municipais, que são mais próximas das pessoas".

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