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Estado de Mato Grosso licita 300 km de rodovias

Grupo Via Brasil arrematou os dois lotes ofertaos na disputa com ágios de 179,16% e 516%

Por Renée Pereira
Atualização:

Um consórcio formado por seis empresas de médio porte venceu ontem o leilão de 300 quilômetros (km) de rodovias estaduais em Mato Grosso. O grupo Via Brasil arrematou os dois lotes ofertados na disputa, realizada na B3, com ágios de 179,16% e 516%. Somados, os lances do grupo vencedor foram de R$ 16 milhões, que deverão ser pagos em parcela única na assinatura dos contratos de operação e manutenção das rodovias.

Leilão de dois trechos de 300 km em Mato Grosso foi realizado na B3, bolsa paulista Foto: Dario Oliveira/Estadão

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No primeiro trecho, de 111,9 km da MT-100, em Alto Araguaia, o grupo deu um lance 179,16% superior à outorga mínima de R$ 3,6 bilhões, estipulada pelo governo estadual. No segundo lote, de 188,2 km da MT-320/MT-208, em Alta Floresta, o ágio foi de 516% sobre o preço mínimo de R$ 6,16 milhões. O Consórcio Via Brasil é formado pelas empresas Conasa Infraestrutura, Zetta Infraestrutura e Participações, Construtora Rocha Cavalcante, Fremix Pavimentação e Construção,  FBS Construção Civil e Pavimentação e CLD – Construtora Laços Detetores e Eletrônico.

O grupo terá a concessão dos trechos por 30 anos e precisa investir algo em torno de R$ 900 milhões nos dois trechos, afirmou o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Duarte. Segundo ele, o objetivo do leilão não foi arrecadar recursos para o Estado, mas transferir a administração e, consequentemente, a manutenção das rodovias para a iniciativa privada.

Para o secretário, o resultado foi muito bom, especialmente por ser uma concessão fora dos eixos tradicionais. “Essa é uma concessão customizada. Fizemos a modelagem de uma rodovia de baixo tráfego, mas com muitas carretas (que pagam mais pedágio).” Além da Via Brasil, os lotes foram disputados pela Planova Planejamento e Construções.

Sem duplicação. Por ter baixo tráfego, a rodovia não terá obras de duplicação. O grupo vencedor terá de fazer melhorias e, em alguns trechos, uma terceira faixa para ampliar a trafegabilidade do local. “Se incluíssemos um duplicação, que nesse caso não é necessário, a concessão não teria viabilidade econômica”, afirmou Duarte, destacando que o pedágio custará R$ 7,90.

O secretário afirmou ainda que o leilão de ontem faz parte de um programa de 3.125 km de rodovias que deverão ser concedidas para a iniciativa privada no Estado. Desses, 220 km já deverão ser licitados no mês que vem. Outros 2.600 km estão em processo de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMIs). Por esse instrumento, empresas fazem todos os estudos de viabilidade econômica e entregam ao governo para fazer a licitação. Todo o programa deve ser concluído em três anos.

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