SÃO PAULO - A secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas, Dorothea Werneck, afirma que a Gerdau vai investir R$ 5 bilhões para "expansão da malha ferroviária de acesso às minas e ao crescimento da capacidade de pelotização da empresa".
Segundo ela, apesar da iniciativa, a prioridade do governo não é atrair grandes projetos. "Não podemos administrar o Estado pensado em duas ou três cidades. Nosso foco é a interiorização do investimento,"
Outro fenômeno interessante, segundo ela, é a sofisticação do consumo em setores como o de alimentos e de cosméticos. "Isso tem atraído investimento em empresas desse tipo."
Julio Bueno, secretário de Desenvolvimento do Rio, lembrou que o Estado está investindo de R$ 22 bilhões a R$ 23 bilhões em mobilidade para Copa e Olimpíada, o que, acredita, será "o grande legado" desses eventos.
O presidente da Fiat, Cledorvino Belini, disse que os investimentos recentes de montadoras foram feitos com previsão de crescimento do PIB de 3% a 4% ao ano, cenário diferente do atual. "Os investimentos foram pensados ainda quando o Cristo estava subindo", brincou, em referência às reportagens da revista Economist sobre a euforia e decepção com a economia do País.
Segundo Belini, o PIB e o setor automotivo não crescerão no ritmo previsto e o País continua sem competitividade. "Exemplo disso são os gargalos logísticos e ainda os custos indiretos de tributos embutidos na cadeia produtiva".