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Estados terão quatro anos de carência para pagar dívida com o BNDES

Medida é aceno do governo para tentar facilitar a aprovação do projeto de recuperação fiscal dos Estados

Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou na noite desta quarta-feira que o Executivo regulamentará, na próxima semana, a possibilidade de Estados renegociarem suas dívidas com o BNDES. A medida é um aceno do governo para tentar facilitar a aprovação do projeto que estabelece um programa de recuperação fiscal para Estados falidos, previsto para ser votado ainda hoje no plenário da Casa.

Governo busca aprovar na Câmara projeto de recuperação fiscal dos Estados Foto: André Dusek/Estadão

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A possibilidade de renegociação das dívidas dos Estados com o BNDES foi aprovada no projeto que estabelecia a renegociação da dívida dos Estados com a União, sancionado no ano passado. O Conselho Monetário Nacional (CMN) já tinha autorizado a renegociação, mas faltava ainda a regulamentação.

Segundo Aguinaldo, a regulamentação se dará por meio de um decreto presidencial que deve ser publicado na próxima quarta-feira, 12, e de uma resolução a ser aprovada pelo Senado. O líder do governo afirmou que o decreto e a resolução vão prever que os Estados poderão suspender por quatro anos o pagamento de empréstimos com o BNDES que tenham sido contratados até 31 de dezembro de 2015 e cuja carência tenha cessado até 31 de dezembro de 2016. Depois disso, explicou, poderão alongar as dívidas com o banco por outros seis anos. Segundo Aguinaldo, a medida aliviará o caixa principalmente de Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Membros da equipe econômica acompanharam, durante todo o dia, a negociação com líderes partidários para a regulamentação da renegociação das dívidas dos Estados com o BNDES em troca do apoio dos parlamentares ao projeto de recuperação fiscal. A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, por exemplo, está no plenário da Câmara conversando com líderes sobre o tema.