12 de julho de 2018 | 08h58
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que trava uma "batalha comercial desagradável" com a China. Mais cedo nesta semana, o governo americano anunciou que pode tarifar mais US$ 200 bilhões em produtos chineses, em meio à disputa comercial bilateral.
Trump comentou o assunto durante entrevista coletiva em Bruxelas, que teve como foco a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em suas declarações, o presidente americano também criticou a União Europeia, que trataria os EUA de modo "muito injusto" no comércio. Ele voltou a ameaçar impor uma tarifa sobre automóveis europeus vendidos em território americano, caso não ocorram avanços nesse quadro.
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Após criticar a Alemanha pelo país ter firmado um acordo com a Rússia por um gasoduto, Trump afirmou que tem "muito respeito" pelos alemães e que mantém uma boa relação com a chanceler Angela Merkel.
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Questionado sobre o encontro que deve ter com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta semana, Trump disse que espera se dar bem com o colega. Segundo ele, ambos são "concorrentes, mas não inimigos", já que cada um naturalmente privilegia o interesse de seu país. Ele disse ainda que pretende questionar Putin sobre a suposta interferência dos russos na eleição presidencial americana. Afirmou também que a situação na Crimeia "não o agrada", após a Rússia anexar a península, mas lembrou que o episódio ocorreu no governo anterior dos EUA, de Barack Obama.
Trump afirmou ainda que acredita que, mais adiante, o Irã entrará em contato com o governo de Washington para buscar um acordo. Atualmente, os EUA ameaçam impor sanções contra o regime de Teerã, que devem prejudicar as exportações de petróleo iranianas. "O Irã nos trata com muito mais respeito agora do que no passado", disse.
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