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Ação do BTG cai 18% após denúncia; banco rebate acusação

De acordo com o presidente da instituição financeira, operações citadas em reportagem seriam inexequíveis

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Por Fernanda Guimarães
Atualização:

O presidente do banco BTG Pactual,  Roberto Sallouti, disse, em teleconferência, que a instituição está "absolutamente tranquila" em relação à informação veiculada nesta segunda-feira, 26, pelo site "O Antagonista". O site publicou uma reportagem sobre um relatório de um suposto informante, que seria próximo ao BTG e que prestou depoimentos à operação Lava Jato, dizendo que o banco "teria uma espécie de Departamento de Operações Estruturadas” dedicado à lavagem de dinheiro.

A reportagem foi classificada por Sallouti de "sensacionalista" e fora do contexto. O executivo disse ainda esperar que tudo seja esclarecido em breve.

O executivo lembrou que ao longo dos últimos anos o banco passou por inúmeras auditorias e por investigação independente. Foto: Werther Santana|Estadão

Sallouti disse, na teleconferência, que as operações citadas seriam inexequíveis. "Vazou um relato apócrifo de julho de 2016, de operações financeiras. Qualquer análise técnica dessas operações mencionadas mostra que elas são inexequíveis", disse. Depois da notícia, a ação do BTG aprofundou as perdas na B3 e encerrou o pregão desta segunda-feira com queda de cerca de 18%. Na última sexta-feira, dia 23, a Polícia Federal (PF) apreendeu, na sede doBTG Pactual, documentos de assuntos relacionados à delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, incluindo aqueles ligados à companhia de petróleo PetroAfrica, na 64.ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o presidente da instituição financeira, não existe até aqui qualquer processo, denúncia ou indiciamento. Ele lembrou que a busca na sexta-feira foi a terceira já realizada no banco, sendo que os documentos coletados foram os mesmos. "A Polícia Federal resolveu fazer novas diligências para ver se encontra provas que justifiquem a tese deles", afirmou. Sobre as operações citadas hoje, no relato vazado, Sallouti complementou e destacou a impossibilidade de fazer operações retroativas e que as mesmas são "impossíveis". "Achamos importante trazer racionalidade", afirmou. O executivo lembrou que, ao longo dos últimos anos, o banco passou por inúmeras auditorias e por investigação independente. "Se  alguma dessas operações existissem, não passaríamos por todas essas inspeções", disse. Depois de ser alvo da operação Lava Jato no fim de 2015, o BTG contratou o escritório de advocacia internacional Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan, LLP, especializado em investigações e auditorias. Em nota, o banco frisa que o objeto da busca e apreensão desta sexta-feira foi, inclusive, alvo dessa investigação independente, que concluiu "não existir qualquer indício de irregularidade".

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