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Estatais desequilibram a competição em leilões, diz Light

De acordo com presidente da empresa, Estado 'não pode usar suas empresas para turbinar determinados grupos'

Por Adriana Chiarini e da Agência Estado
Atualização:

O presidente da Light, José Luiz Alquéres, disse nesta quarta-feira, 10, que a Light só vai participar do leilão do Complexo do Rio Madeira se houver plenas condições de competição. De acordo com o executivo, isso ocorreria se a participação das estatais só acontecesse em um segundo momento, depois da disputa para a escolha de um consórcio privado. "Não pode o Estado usar suas empresas para turbinar determinados grupos", disse. Segundo Alquéres, as estatais "desequilibram" a competição.   Ele comentou também que há diferenças entre as empresas estatais do setor elétrico. Ele citou que a Eletronorte, por exemplo, não gera muitos recursos e depende de repasses da holding Eletrobrás, enquanto Furnas tem "enorme geração de recursos próprios".   Para Alquéres, "será uma grande vitória para o Brasil se as estatais participarem só em um segundo momento". Ele acredita que a disputa, nas condições atuais em que as estatais participariam dos consórcios, não está equilibrada.   Usina de Itaocara     Em entrevista após participar do Seminário sobre Recuperação de Empresas promovido pela Apimec e Veirano Advogados, o executivo informou também que a Light está providenciando o licenciamento ambiental para a construção da usina hidrelétrica de Itaocara. O investimento previsto é de R$ 600 milhões. A Light também vai investir em duas pequenas centrais hidrelétricas no Rio (Paracambi e Lajes). A usina de Paracambi tem investimento de R$ 100 milhões e tem um pedido de apoio já feito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já a usina de Lajes tem investimento previsto de R$ 20 milhões.     Setor de gás     Alquéres disse ainda que todas as distribuidoras de gás, assim como todas as petroquímicas, estão "incomodadas com a Petrobras". Ele disse que a Light não tem intenção de entrar no setor de gás, devido à concentração deste setor nas mãos da Petrobras.

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