PUBLICIDADE

Estatais vão investir menos R$ 5,3 bilhões

Cortes na Petrobrás atingem, principalmente, projetos no exterior; na Eletrobrás a redução ocorre por causa da opção por atuar com parcerias

Por BRASÍLIA
Atualização:

As estatais vão tirar o pé do acelerador e reduzir os investimentos no ano que vem, segundo consta da proposta de Orçamento de 2014, enviada ontem ao Congresso. Petrobrás e Eletrobrás investirão R$ 5,3 bilhões a menos do que este ano. Na estatal de petróleo, a redução será de R$ 4,8 bilhões. No setor elétrico, o corte é de R$ 500 milhões. As duas empresas respondem pela maior parte dos investimentos de estatais.Um novo plano de negócios, que prevê desinvestimentos no exterior, reduzirá os aportes da Petrobrás no exterior dos R$ 10,5 bilhões previstos para este ano para R$ 6,5 bilhões no ano que vem. No mercado interno, o corte chegará a R$ 800 milhões, com queda de R$ 78,8 bilhões para R$ 78 bilhões."A Petrobrás continua tendo a segunda maior carteira de investimento entre as petroleiras do mundo", frisou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. "É um esforço gigantesco para vencer o desafio da exploração do pré-sal." Ela explicou que haverá, no ano que vem, uma redução de R$ 13 bilhões na necessidade de investimentos em projetos em andamento. É o caso da Refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Pernambuco, além da conclusão de reformas em outras refinarias. A maior parte desses recursos, porém, foi realocada para outros projetos, de forma que a redução ficará em R$ 800 milhões.Já na Eletrobrás, a redução é explicada pela opção de priorizar aportes em consórcios formados com outras empresas para tocar investimentos. Assim, a necessidade de autorização de gastos diretos ficou menor.Em contrapartida, a previsão de pagamentos de dividendos das estatais ao Tesouro cairá, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ela foi fixada em R$ 21 bilhões.O ministro informou que o governo não fará, em 2014, nenhum aporte de capital à Caixa. Assim, a instituição foi orientada a rever sua estratégia, deixando de financiar grandes empresas. "Ela participará do programa de concessões", ressalvou o ministro.Mas, tirando isso, a ordem é se concentrar em pequenas e médias empresas e no financiamento imobiliário. Não há previsão de repasses de recursos do Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no ano que vem, disse Mantega. / LU AIKO OTTA, ADRIANA FERNANDES, RENATA VERÍSSIMO, LAÍS ALEGRETTI

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.