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Estatal vai investir R$ 28 bilhões para explorar poços no pré-sal

Por Nicola Pamplona
Atualização:

A Petrobrás prevê que, em 2020, os campos de petróleo do pré-sal estarão produzindo 1,8 milhão de barris por dia, equivalente à produção brasileira atual. Segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, o pré-sal é prioridade no novo plano de negócios, que vai focar investimentos no Brasil, em detrimento da expansão internacional. Ao todo, as reservas abaixo da camada de sal vão receber aportes de US$ 28 bilhões no período entre 2009 e 2013. No fim desse período, os campos do pré-sal estarão produzindo uma média de 219 mil barris por dia. Até lá, a Petrobrás pretende colocar três sistemas de produção no pré-sal: Tupi, Guará e Iara, todos descobertos na Bacia de Santos nos últimos anos. O primeiro começa a operar em caráter de testes já em abril. Em 2015, informou a empresa, o volume de produção do pré-sal subirá para 582 mil barris por dia. Gabrielli frisou, porém, que os investimentos no pré-sal ainda dependem de confirmação dos sócios da companhia nos projetos. Para a Petrobrás, porém, a produção nacional é prioritária. "Nosso foco é exclusivamente no Brasil", afirmou o presidente da companhia, em linha com o pensamento do governo, que pretende usar a estatal como remédio anticíclico contra a crise. Para as atividades no exterior, a companhia reservou apenas US$ 5,6 bilhões. O executivo confirmou ainda que uma das estratégias da empresa para vencer a escassez de crédito será priorizar projetos de rápido retorno. Nesse sentido, ele citou os campos do pré-sal no Espírito Santo, em águas mais rasas e mais próximos da costa - portanto, com menor necessidade de investimento. Ele acrescentou, ainda, como exemplos os projetos de refino voltados para a produção de diesel, produto escasso no mercado internacional e com maior margem de revenda. A área de biocombustíveis, teve forte incremento no orçamento, de 87%, para US$ 2,8 bilhões. Já a área de gás e energia receberá US$ 11,3 bilhões até 2013, com a inclusão de dois novos terminais de gás natural liquefeito (GNL) no Brasil.

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