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Este trimestre será melhor e o próximo, melhor ainda, diz BC

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Luiz Sampaio Malan previu uma recuperação do PIB brasileiro a partir do segundo semestre. "O terceiro trimestre será melhor do que o segundo e o quarto melhor do que o terceiro", afirmou. Ao comentar a divulgação ontem do PIB do segundo trimestre desse ano pelo IBGE, Malan disse que o BC só corrige a série histórica das contas públicas, inclusive da dívida líquida, com a divulgação da PIB nominal, que acontece em setembro. "O PIB real tem pouca importância", disse ele. Meta de superávit será alcançada Luiz Sampaio Malan disse que a meta de superávit primário do setor público de R$ 54,2 bilhões acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será alcançada. "O superávit primário médio mensal para alcançarmos a meta nos meses de agosto e setembro será de R$ 4,9 bilhões. A média mensal de superávit até julho foi de R$ 6,3 bilhões", disse. Ele lembrou ainda que a retomada do desenvolvimento econômico poderá provocar um aumento da arrecadação, que ajudará na geração de superávits neste segundo semestre do ano. O superávit primário acumulado de janeiro a julho de R$ 44,928 bilhões corresponde, segundo o chefe-adjunto do Depec, a 81,7% da meta. Reduzindo a relação dívida-PIB O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central afirmou que a tendência é de redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB). Ao comentar o aumento da dívida líquida para 57% do PIB em julho, Malan destacou que é preciso observar essa tendência de queda com a estabilidade do taxa de câmbio, o prosseguimento da redução da taxa Selic e a manutenção do esforço fiscal em todas as esferas de governo. Malan ressaltou ainda que o aumento da relação dívida líquida reflete um efeito estatístico, com o maior impacto da deflação do IGP-DI (índice de correção) e do menor crescimento do PIB real. O chefe-adjunto do Depec comentou ainda que o estoque da dívida líquida de julho, de R$ 877,157 bilhões em valores nominais, está menor do que o verificado em dezembro de 2002, de R$ 881,108 bilhões. Malan não acredita esse aumento da relação em julho vá trazer problemas na percepção dos investidores em relação à solvência da dívida brasileira. "O importante que a tendência é de redução", disse. Leia também: Contas públicas acumulam superávit bem maior que em 2002 Superávit primário é o maior dos meses de julho desde 1999 Dívida líquida sobe de 55,5% para 57% do PIB

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