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Estimativa citada pela ANP não é técnica, diz Petrobras

Segundo diretor de exploração da estatal, companhia ainda precisa de estudos para estimar reservas

Por Gerusa Marques e da Agência Estado
Atualização:

O diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que a empresa ainda está no processo de avaliação da área denominada Pão de Açúcar, na Bacia de Santos. "Estamos nos preparando para testar o poço e, somente após o teste, após a interpretação das curvas de produção, e depois da correção dessas curvas com as informações litológicas que temos do reservatório é que nós poderemos começar a pensar nas estimativas dos volumes", disse, após participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.   Segundo ele, a estimativa de que essa reserva pode produzir 33 bilhões de barris de óleo equivalentes não é técnica. "Não tem nada de concreto nessas estimativas e a Petrobras trabalha com dados técnicos e estimativas concretas", afirmou. Essa projeção foi feita pela publicação americana World Oil, em fevereiro deste ano, e foi mencionada na segunda-feira pelo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, levando a uma forte valorização das ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo.   Estrella evitou comentar as declarações de Lima. "Eu sou diretor de uma operadora de petróleo e não posso julgar as atitudes do diretor-geral da ANP", emendou. Segundo Estrella, em três meses "talvez" seja possível fazer as primeiras estimativas sobre o potencial de Pão de Açúcar. Ele acrescentou que as informações da World Oil não podem ser consideradas como dado importante porque são apenas um "palpite" de uma revista. "Nós não levamos isso em consideração. Isso não é dado importante para nós", disse ele, que não soube dizer se leu o artigo da publicação.

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