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Estimativa de inflação do mercado cola no teto da meta

Analistas elevam para 6,48% a projeção do IPCA em 2008; meta fixada é de 4,5%, com margem de 2 pontos

Por Reuters e Agência Estado
Atualização:

A estimativa de inflação do mercado brasileiro colou no teto da meta definida pelo governo para 2008, mostrou pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 14. No levantamento semanal feito pelo Banco Central, os analistas consultados elevaram para 6,48%, ante 6,40%, a estimativa para a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008. Veja também: Entenda os principais índices de inflação  Entenda a crise dos alimentos  Confira a evolução da Selic desde o início do governo Lula Para o próximo ano, a estimativa para o IPCA foi elevada para 5%, ante estimativa anterior de 4,91%. A meta de inflação fixada para 2008 e 2009 é de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O teto da meta, portanto, é de 6,5%. A estimativa para o patamar da taxa de juro ao final do ano foi mantida em 14,25%, bem como a previsão para dezembro de 2009, que ficou em 13,50%. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano. O mercado manteve as previsões para a taxa de câmbio no fim de 2008 e de 2009 em R$ 1,65 e R$ 1,75, respectivamente.   Para os Índices Gerais de Preços (IGPs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que trazem o comportamento dos preços no atacado e também o impacto em tarifas públicas e de serviços, as previsões também subiram. O mercado espera agora que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerre 2008 em 11,66%, ante 11,41% na previsão anterior. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve ficar em 11,92% este ano, ante expectativa de 11,25% na semana passada. Para 2009, a projeção para o IGP-DI caiu para 5,25%, de 5,30%, e o IGP-M subiu, pela terceira vez consecutiva, para 5,5%, de 5,24%. PIB As estimativas de crescimento da economia brasileira também não sofreram alterações. O mercado manteve a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008 em 4,8% e para 2009, em 4%. Contas externas Em relação à balança comercial brasileira, o mercado reduziu a projeção de superávit comercial este ano, de US$ 22,81 bilhões para US$ 22,78 bilhões. Com isso, a estimativa é de que a conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior) encerre o ano deficitária em US$ 23,90 bilhões, ante previsão de US$ 23,57 bilhões. Para 2009, o mercado espera que a balança comercial encerre o ano que vem com um superávit de US$ 15 bilhões e fique com a conta corrente deficitária em US$ 32 bilhões, ante US$ 32,5 bilhões previstos na semana passada. Investimentos A previsão para o Investimento Estrangeiro Direito (IED) em 2008 piorou e caiu para US$ 33 bilhões, de US$ 33,5 bilhões previstos anteriormente. Para 2009, o número se manteve em US$ 30 bilhões pela nona semana consecutiva.

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