27 de janeiro de 2016 | 11h39
BRASÍLIA - O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 6,6% em 2015 na comparação com o ano anterior, segundo informou nesta quarta-feira o Banco Central. Em dezembro, a instituição reduziu sua projeção de expansão para o crédito no ano passado de 9% para 7%, o que já representava o menor crescimento da série iniciada em 2007. Para este ano, o BC também estima crescimento de 7%.
De novembro para dezembro, foi registrada uma elevação de 1,3%, levando o saldo para R$ 3,217 trilhões. Houve aumento de 2,0% para pessoas jurídicas e de 0,6% para o consumidor no mês. No ano, o avanço foi de 6,3% para as empresas e de 6,9% para a pessoa física.
Os bancos públicos voltaram a puxar o aumento do estoque de crédito no ano passado, ainda que em um ritmo mais brando do que o visto em 2014. Houve avanço de 10,9% em 2015 nesse segmento, para um total de R$ 1,800 trilhão. Apenas em dezembro, o crescimento foi de 1,6% na margem. Nos privados nacionais, por sua vez, houve recuo de 0,8% no ano, para R$ 945,110 bilhões.
Já no caso dos bancos estrangeiros, houve alta de 6,9% no ano, para R$ 471,757 bilhões. A alta mensal foi de 1,1%.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 53,8% em novembro para 54,2% no mês passado. Pelos cálculos da instituição revelados em dezembro, o mercado de crédito deveria ter fechado o ano com correspondência de 54%.
Já a taxa de inadimplência no mercado de crédito com recursos livres subiu para 5,3% em dezembro ante 5,2% em novembro. Para pessoa física, houve leve aumento de um mês para o outro, com a taxa passando de 6,0% para 6,1%. Já para as empresas, ficou estável em 4,5% de um mês para o outro.
Desde o início do ano, verificava-se uma certa estabilidade no volume de calote ao sistema financeiro, ainda que a tendência dos últimos meses tenha sido mais altista. A elevação em 2015 foi de 1,0 ponto porcentual, já que em dezembro de 2014, a taxa de inadimplência total com recursos livres estava em 4,3%.
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