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Estoque de crédito em bancos privados cai 0,3% em maio

Já nas instituições oficiais o crédito cresceu 0,4% em relação a abril, informou o Banco Central

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Por Célia Froufe e Bernardo Caram
Atualização:
 

O estoque de crédito das instituições privadas nacionais recuou 0,3% de abril para maio, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 27, pelo Banco Central. O saldo desse grupo passou no período de R$ 913,989 bilhões para R$ 910,983 bilhões. No caso das instituições oficiais, o estoque no mês passado ficou em R$ 1,784 bilhão ante volume de R$ 1,777 trilhão visto em abril, uma alta de 0,4% nessa comparação. Da mesma forma, o saldo das instituições financeiras estrangeiras aumentou 0,2%, passando de R$ 449,074 milhões para R$ 450,005 bilhões.

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A inadimplência nas instituições públicas aumentou 0,1 ponto porcentual de abril para maio nas instituições privadas e estrangeiras, situando-se respectivamente em 5,1% e 3,9%. No caso das oficiais, a alta foi de 0,2% na margem, para 3,1%.

Entre os bancos públicos e estrangeiros, as provisões ficaram estáveis de abril para maio (4,6% e 6,6%). Entre os nacionais privados, subiram de 9,0% para 9,1%. 

Ritmo fraco. O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,1% em maio ante abril e chegou a R$ 3,144 trilhões. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que em maio houve interrupção da sequência de quatro quedas mensais do crédito que vinha ocorrendo desde o início do ano.

O ritmo fraco do crédito, para Maciel, tem relação direta com o nível baixo da atividade econômica, associado às incertezas do ambiente político e as elevadas taxas de juros. Segundo ele, o baixo nível de confiança dos agentes também influencia o quadro. "Na margem, os indicadores de confiança mostram alguma recuperação e isso é bom sinal, mas é um movimento incipiente", ponderou.

Em maio de 2015, o estoque de operações de financiamento estava em R$ 3,082 trilhões. Em 12 meses, houve alta de 2% e, nos primeiros cinco meses deste ano, baixa de 2,3%.

Houve redução de 0,1% para pessoas jurídicas e alta de 0,4% para o consumidor em maio em relação a abril. Em 12 meses, a contração é de 0,5% para as empresas e alta de 0,9% para a pessoa física. No acumulado do ano, há baixa de 5,2% para as companhias e alta de 0,9% para as famílias. 

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Veículos. O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,2% de abril para maio, segundo o BC. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 150,982 bilhões no mês passado - em abril, o volume foi de R$ 152,870 bilhões. No acumulado de 12 meses até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 14,0% e, no ano, de 6,3%.

As concessões acumuladas em maio para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 5,607 bilhões, o que representa uma alta de 6,4% em relação ao mês anterior (R$ 5,270 bilhões). No ano, a baixa é de 18,9% e, em 12 meses, de 20,4%.

Habitação. As operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 0,7% em maio ante abril, totalizando R$ 513,149 bilhões. Segundo o BC, R$ 65,174 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 447,975 bilhões a taxas reguladas. O BC deixou de incorporar nestes dados as operações com crédito livre, por serem residuais.

As operações a taxas de mercado ficaram estáveis no mês, mas tiveram alta de 1,0% no ano e de 4,9% no acumulado de 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 0,8% ante o mês anterior, 3,0% em 2016 até maio e 11,0% em 12 meses encerrados em março.

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