As estratégias para mudar os formatos dos aluguéis em São Paulo não estão focadas apenas em segmentos com menor poder aquisitivo ou interessados em novas experiências, como viver em uma unidade compartilhada. Há outros caminhos, como buscar famílias que também querem viver em áreas nobres da cidade e que estão em um momento da vida onde a tranquilidade passa a ser fundamental.
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“Nossos apartamentos começam com o pacote a R$ 7 mil”, afirma Carolina Burg, sócia fundadora da JFL Realty. Nesse preço costumam entrar IPTU, condomínio, água, luz, internet, serviço de TV por assinatura, arrumação diária básica, enxoval e café da manhã. O grupo já administra dois prédios na cidade, onde os moradores também podem usar uma lavanderia industrial comum. “Não digo que estamos reinventando a roda, mas a forma como estamos fazendo é, sim, diferente e pode ser considerada pioneira”, diz Carolina.
Segundo ela, o mercado de locação residencial no Brasil, até pelo histórico inflacionário do passado e das crises econômicas, ficou muito pulverizado, na mão de pequenos investidores. “Então ele não tinha padronização, tanto em relação ao produto, quanto aos cuidados com ele”, diz a fundadora da JFL.
Por isso, diz ela, a proposta da empresa pode ser considerada inédita no Brasil. “Em outros países isso também existe, mas não se trata de uma cópia, porque as regras aqui são totalmente diferentes. Mas estamos conseguindo criar valor em termos de atacado. O valor percebido não necessariamente é aquele que foi gasto”, diz a empresária.
Potencial de crescimento
De acordo com Carolina, assim como outros executivos do setor também defendem, o segmento de locação residencial ainda tem muito o que crescer no Brasil e com produtos para vários tipos de público.
“Temos muitos subsegmentos. O mercado tem muito a crescer. Aquela ideia de que a pessoa muda apenas duas vezes de casa na vida mudou muito. Chega um momento da vida que você quer mais é curtir e não ter preocupação”, afirma a fundadora da JFL, criada em 2015.
A empresa opera uma plataforma com 1.100 unidades em áreas especiais da capital paulista, além de dois prédios. Um em Pinheiros e outro na Vila Olímpia. “Costumamos dizer que não alugamos tijolo, mas um estilo de vida. As pessoas, nessa pandemia, voltaram a olhar para a casa”, diz Carolina.
A proposta do grupo é oferecer apartamentos montados de acordo com as necessidades específicas do cliente, de preferência para ele usufruir por muito tempo, o que faz com que a ideia de um produto sob medida, na base da alfaiataria, faça mais sentido. “Damos muita atenção aos detalhes.”