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Estudo divulgado pelo governo estima 1,8 mi novos empregos em 2018

Levantamento conta com projeção de alta de 3% no PIB; Caged também aponta Nordeste como principal destino das vagas intermitentes

Por Fernando Nakagawa
Atualização:

BRASÍLIA - O coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, citou estudo realizado pela área técnica do próprio Ministério que indica que, se confirmadas as previsões do mercado financeiro para o crescimento da economia, o Brasil poderia registrar a geração de até 1,8 milhão de novos empregos formais em 2018.

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A projeção foi citada no contexto da divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na manhã desta sexta-feira, 26, pelo Ministério do Trabalho. O País encerrou o ano de 2017 com fechamento líquido de 20.832 vagas de emprego formal. O resultado, embora negativo, é melhor do que os apresentados em 2015 e em 2016, quando o mercado de trabalho sofreu com a recessão econômica e mais de 2,8 milhões de vagas com carteira assinada foram encerradas.

Estimativa de novos empregos para o ano de 2018 leva em conta o comportamento histórico do mercado de trabalho e da atividade econômica Foto: Daniel Teixeira|Estadão

2018. A estimativa de novos empregos para o ano de 2018 leva em conta o comportamento histórico do mercado de trabalho e da atividade econômica. Segundo o estudo mencionado por Magalhães, o crescimento de cerca de 3% do PIB indica a criação entre 1,7 milhão a 1,8 milhão de vagas formais. 

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Se a economia conseguir crescer 3,5%, o potencial é de criação de até 2 milhões de empregos. Esse ritmo de crescimento - entre 3% e 3,5% - é citado por economistas e pelo próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como o cenário mais provável para o PIB neste ano.

Magalhães notou que essa não é uma previsão do Ministério do Trabalho. O número indica apenas o comportamento histórico do mercado de trabalho em relação ao crescimento da economia, explicou o técnico. 

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Intermitente. O coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, também destacou o impacto da nova legislação trabalhista, mais especificamente a nova forma de admissão de empregados através dos contratos intermitentes - quando não há carga horária mínima e o empregado atua apenas quando convocado.

O comércio do nordeste tem sido um dos grandes entusiastas da nova legislação. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 33,4% de todos os trabalhadores contratados através do novo regime estão no nordeste. 

Por ocupação, o cargo de assistente de vendas é, disparado, o mais contratado com 67,2% das novas vagas. 

A nova forma de contratar passou a vigorar em 11 de novembro. Desde então, 5.641 empregos foram criados no regime intermitente. Desses, 1.886 foram nos Estados do nordeste. 

Black Friday. Ao apresentar os números, Magalhães citou que varejistas da região Nordeste têm usado esse instrumento para contratação de mão de obra para reforçar o pessoal em eventos específicos, como a "Black Friday" e também nas vendas de fim de ano. 

Entre os Estados nordestinos, a Bahia teve 439 contratos intermitentes, Pernambuco abriu 316 postos e o Ceará registrou 312 vagas novas pelo regime intermitente.

Juntos, os Estados do Nordeste contrataram mais que São Paulo, a maior economia estadual, que registrou 1.561 empregos intermitentes ou 27,6% do total. 

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Por função, o posto de assistente de vendas teve 3.903 vagas intermitentes preenchidas no período ou 67,2% de todos os empregos criados nesse regime. Em seguida, aparecem servente de obras (114 empregos), garçom (87) e vigilante (86). 

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