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Estudo mostra potencial dos jovens da classe C

Por Clayton Netz e clayton.netz@grupoestado.com.br
Atualização:

No final do primeiro semestre deste ano, a agência de publicidade Talent, de São Paulo, recebeu alguns de seus principais clientes, entre os quais figuram nomes como Santander, Alpargatas, Santher, Votorantim Cimentos, Net, Ipiranga, Femsa e Tilibra, entre outros, para a discussão do estudo batizado de "Universitário, qual é a sua classe? É a C". Dedicado à análise da inserção cada vez maior de estudantes oriundos da nova classe média emergente, o trabalho provocou discussões durante toda uma manhã entre os cerca de 50 participantes. "Há alguns anos, o assunto atrairia a atenção de uns poucos gatos pingados", afirma Paulo Stephan, diretor de mídia da Talent. "Com a irreversível ascensão da classe C no Brasil, o interesse cresceu."De acordo com o estudo, que acaba de ser publicado pela Talent, nos últimos oito anos a participação dos estudantes saídos da classe C passou de 16% para 23% dos alunos matriculados na cerca de 3 mil instituições de ensino superior existentes no País. Em números absolutos, isso representa um acréscimo de 2,1 milhões de universitários e consumidores ao mercado. "Esse aumento da inclusão universitária tem como pano de fundo o ingresso, a partir de 2006, de 20 milhões de brasileiros na classe C", diz Stephan. "Some-se a isso o fato de que, desde 2008, a renda dos 91 milhões de pessoas nela incluídos é maior que a dos integrantes das classes A e B. " O aumento do contingente de universitários emergentes foi viabilizado, de acordo com o estudo da Talent, pelos programas de financiamento estudantil, como o Prouni e o Fies, bem como o barateamento das mensalidades escolares - em função da maior competição, 90% do setor estão em mãos da iniciativa privada. De uma média de R$ 860, em 1996, o valor das mensalidades caiu para R$ 467 em 2009.Contribuem também para esse movimento a necessidade de ascender no emprego e atender às demandas por maior qualificação, apresentadas pelos empregadores e pelo mercado de trabalho. "Estudos mostram que um diploma superior provoca um aumento de 171% na renda média de um indivíduo no Brasil", afirma Stephan. Mas o que impulsiona os jovens emergentes a continuar estudando? "A classe C sonhava em ter iogurte no café da manhã", diz Stephan. "Hoje, as aspirações são muito maiores. Projetam futuro, além da educação." A grande preocupação dos jovens universitários dessa faixa social é ter uma vida melhor do que a de seus pais. Como objetos de desejo, a posse de computadores e o acesso à internet aparecem na pole position. "Um terço dos lares de classe C dispõe de computadores", diz Stephan. "A internet já tem penetração de 45% entre essas famílias."Segundo levantamento do instituto de pesquisas Ipsos Marplan, esse segmento está plugado em toda a gama de bens de consumo moderno: 51% deles têm máquina fotográfica digital, 41% possuem tocadores MP3, fatia que chega a 33% no caso do iPod e a 94% para os celulares. Em relação às finanças pessoais, esse grupo também apresenta números promissores: cerca de 70% têm conta em banco e 55% possuem cartão de crédito, com um gasto médio per capita de R$ 200. "O potencial de consumo dos jovens universitários da classe C não pode ser desprezado pelas empresas", alerta Stephen. "Eles serão maioria e terão grande poder nas mãos. Portanto, é importante conhecê-los cada vez mais profundamente."AUDITORIAICTS compra operação brasileira da Protiviti A ICTS, consultoria paulista especializada em gerenciamento de riscos e auditoria interna, comprou a operação brasileira da Protiviti, grupo americano fundado por ex-funcionários da Arthur Andersen. Com a aquisição, a ICTS incorpora dois novos serviços ao seu portfólio. "Passaremos a contar com o expertise da Protiviti nas áreas de auditoria interna e riscos financeiros", diz Fernando Fleider, sócio da ICTS. Do lado da Protiviti, a transação atende à proposta global da empresa, com faturamento mundial de US$ 400 milhões, de expandir os negócios no Brasil. O faturamento das duas empresas soma R$ 30 milhões, valor que deve dobrar, segundo Fleider, nos próximos três anos. A ICTS Protiviti tem uma carteira de mais de 200 clientes no País, entre eles Pão de Açúcar, Oi, Light e Ambev, a ICTS Protiviti.ACESSÓRIOSChenson investe R$ 30 mi em CD e outlet em SPO grupo americano Chenson, líder no segmento de bolsas no Brasil, com 3 milhões de peças vendidas por ano, vai investir R$ 30 milhões nos próximos dois anos para construir um novo centro de distribuição (CD) e um outlet em São Paulo, num terreno de 24 mil metros quadrados, na rodovia Castelo Branco. Atualmente, a subsidiária brasileira, que faturou R$ 80 milhões em 2009 com as vendas de seus produtos em sete mil lojas multimarcas, conta com dois CDs, em Vitória (ES) e na Vila Leopoldina, na capital paulista. Depois de concluído o CD, a empresa pretende inaugurar no mesmo espaço um outlet para comercializar bolsas, mochilas e malas de suas duas marcas, Chenson e Republic Vix, fabricadas na China, além de sapatos e acessórios voltados para a classe média.AÇÕES Santander investe R$ 10 mi em programa O Banco Santander aplicou mais de R$ 10 milhões no aperfeiçoamento de sua plataforma de corretagem de ações. Os 24 mil clientes da corretora do banco poderão baixar o programa em seus celulares e contarão com chats de atendimento online e alerta de cotações por SMS, entre outras facilidades. A Corretora Santander também está expandindo as salas de atendimento instaladas em agências bancárias, que estão à disposição dos correntistas do Santander e do Real. Oito novas salas serão inauguradas em agências do Santander, três delas localizadas em capitais nordestinas como Recife, Salvador e Fortaleza.HOTELARIA Blue Tree finca sua bandeira em BHA rede Blue Tree Hotels, da empresária Chieko Aoki, vai inaugurar seu primeiro hotel em Belo Horizonte, localizado no bairro da Savassi, na região central da capital mineira. Com o empreendimento, o grupo Aoki, passa a operar em 8 das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O quatro estrelas, que era administrado pela bandeira Mercure, da Accor, começa a funcionar amanhã e vai lançar um novo tipo de serviço chamado Mr. and Mrs. Blue, constituído por funcionários que ficarão em contato próximo com os hóspedes. "Eles poderão, até, ajudá-los em seus negócios na cidade", diz Chieko. Segundo ela, o serviço deverá ser estendido para as 26 unidades da rede no Brasil.US$ 200 bi é a estimativa oficial para as exportações da Índia no ano fiscal que termina em março de 2011. No último exercício, o valor chegou a US$ 178,6 bilhões

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