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ETH e Brenco anunciam na 5ª acordo para unir operações

Com associação, as empresas  teriam uma capacidade de processamento de 37 mi de toneladas de cana por ano

Por Reuters
Atualização:

 A ETH Bioenergia, companhia de açúcar e álcool do conglomerado Odebrecht, e a Brenco irão anunciar na quinta-feira acordo para unir suas operações, criando uma das maiores companhias globais do setor.

 

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O presidente da ETH, José Carlos Grubisich, e o presidente da Brenco, Philippe Reichstul, participarão do anúncio, em São Paulo, que eventualmente deve se configurar na compra da Brenco, que estava passando por dificuldades de caixa no ano passado e também chegou a negociar com a Petrobrás.

 

As empresas teriam uma capacidade combinada de processamento de 37 milhões de toneladas de cana por ano.

 

A ETH, fundada em 2007, é o braço da Odebrecht para o setor de bioenergia e açúcar. Chefiada por Grubisich, ex-presidente da petroquímica Braskem, ela planejou investimento de R$ 6 bilhões no desenvolvimento de 3 polos de produção em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.

 

A trading japonesa Sojitz possui 33% do capital da ETH.

 

A Brenco, comandada por Reichstul, ex-presidente da Petrobrás, possui entre seus investidores Vinod Khosla, um dos criadores da Sun, e Steve Case, que participou do advento da AOL nos EUA.

 

A Brenco tinha projeto de investir R$ 5,5 bilhões até 2015 para construir até 12 unidades industriais, que seriam reunidas também em três polos de produção.

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As duas companhias possuem projetos para também gerar energia elétrica a partir da queima do bagaço de cana-de-açúcar.

 

O setor de açúcar e álcool no Brasil está passando por uma nova fase de consolidação, que segue os problemas financeiros que várias companhias tiveram no auge da crise financeira global, que reduziu o crédito em um momento de grande alavancagem.

 

No momento, os preços do açúcar no mercado internacional estão perto dos maiores níveis em 30 anos e o consumo de etanol no Brasil cresce mais de 15% ao ano.

 

No início do ano, a Shell anunciou um acordo com a Cosan, maior empresa de açúcar e álcool do Brasil, para união de ativos no país, enquanto a Bunge informou que pretende investir no setor parte do dinheiro advindo da venda de suas operações de fertilizantes para a Vale. (Marcelo Teixeira)

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